twitter

Ministra exalta tradição limiana e preservação da identidade de «um Minho que é único»

Ministra exalta tradição limiana e preservação da identidade de «um Minho que é único» galeria icon Ver Galeria
Fotografia DM

Carla Esteves

Jornalista

Publicado em 09 de setembro de 2023, às 19:26

O Cortejo Etnográfico, autêntico museu vivo das tradições limianas, contou com a presença da ministra da Agricultura.

O centro histórico da vila de Ponte de Lima tornou-se, hoje, demasiado pequeno para acolher os milhares de pessoas que ali se juntaram para assistir a um dos mais belos desfiles etnográficos de que há memória, dando a conhecer as mais singulares e genuínas tradições das freguesias do concelho. Este ano, o cortejo foi abrilhantado pela presença da ministra da Agricultura, que não assistiu apenas ao desfile, mas também conversou com os figurantes, provou as iguarias da terra e dançou, partilhando com a maior genuinidade o orgulho do povo limiano.

Em declarações à imprensa Maria do Céu Antunes revelou ter sido esta a primeira vez que se deslocou a Ponte de Lima por ocasião das Feiras Novas, tendo apreciado muito o trabalho de preservação das tradições e da identidade de «um Minho que é único».

«Queremos olhar para aquilo que está a ser feito no Norte do país, valorizar, divulgar, e com os instrumentos que temos de política pública, nomeadamente os que estão sob minha alçada, a Política Agrícola Comum e os incentivos para a agricultura e as pescas, pegarmos nesta produção primária, na transformação destes produtos, na sua comercialização, e acrescentarmos valor para o nosso desenvolvimento coletivo», afirmou.

Referindo-se em concreto à tradição das Feiras Novas, Maria do Céu Antunes considerou que é importante «fomentar uma identidade, um património imaterial e material, valorizá-lo e divulgá-lo para que possamos todos construir o nosso futuro».

«O nosso futuro faz-se com aquilo que somos hoje, com aquilo que fomos ontem e com este somatório de coisas que nós somos capazes de encontrar em cada época, em cada tradição que fica», argumentou.

Salientou, em particular, a gastronomia do território e os seus «bons vinhos verdes», mas elencou ainda «os lenços, os brincos, a joalharia».

«Tudo isto é muito importante para manter este espírito unido em torno de um Minho que é único», afirmou, considerando que estes eventos são ainda fundamentais para a comunidade perceber que há um conjunto de tradições e profisssões a preservar «desde aqueles que trabalham a filigrana, a joalharia, aos que trabalham a terra, dando-nos as carnes, as uvas, o milho para todas as nossas dimensões de gastronomia, que são colocadas não só ao serviço de uma economia direta, na venda de produtos, como na transformação».

A ministra não se esqueceu também de referir a dimensão turística, recordando que «também através do que chega aos pratos dos melhores restaurantes é possível crescer do ponto de vista do turismo».

Enalteceu ainda o caminho que está a ser trilhado na promoção do vinho verde «que é hoje um produto com cada vez maior reconhecimento nacional e internacional, e que está a fazer um caminho incrível do ponto de vista da reconversão e plantação da nova vinha, de forma muito sustentável».