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Médicos indisponíveis para mais horas extras

Médicos indisponíveis para mais horas extras
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Redação

Publicado em 22 de agosto de 2023, às 10:06

Grupo de médicos da Unidade Local do Alto Minho lançou carta aberta dirigida ao ministro.

Mais de 200 médicos subscreveram uma carta aberta ao ministro da Saúde a comunicar indisponibilidade para trabalhar mais do que as 150 horas anuais obrigatórias se, até 11 de setembro, não terminar o impasse negocial com a classe.

Em declarações à agência Lusa, Helena Terleira explicou esta segunda-feira que o documento foi lançado no sábado por um grupo de médicos da Unidade Local do Alto Minho (ULSAM), e que «em 24 horas foi subscrito por 186 médicos de todo o país». Segundo a médica, esta segunda-feira, pelas 13h00, o total de assinaturas era de 203, sendo que 81 trabalham na ULSAM.

Na carta aberta que será enviada a Manuel Pizarro em 1 de setembro, os médicos afirmam que «têm cumpridas as 150 horas de trabalho suplementar obrigatórias até 11 de setembro, data em que decorrerá uma reunião da maior importância entre sindicatos e Governo, cujo objetivo é, como desde há 16 meses, estabelecer uma plataforma mínima de entendimento que permita ultrapassar o impasse existente e que tem motivado as múltiplas ações de protesto legítimas dos médicos».

«Na ausência deste entendimento, no dia seguinte, 12 de setembro, faremos valer a declaração de indisponibilidade para a prestação de trabalho suplementar acima das 150 horas anuais, com impacto negativo na dinâmica dos serviços de saúde que estão, como sabemos, claramente dependentes do trabalho extraordinário dos médicos», lê-se no documento.

Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Saúde afirmou que «o Ministério da Saúde está profundamente empenhado no processo negocial com os sindicatos médicos» e «toma boa nota da referida carta, mas estando o processo negocial em curso seria extemporâneo uma pronúncia pública sobre a mesma».