O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, descerrou esta sexta-feira a placa comemorativa do centenário do Museu de Artes Decorativas. O autarca considera que estes 100 anos ”marcaram a cidade e a sociedade civil”. As comemorações incluíram ainda a inauguração de um painel expositivo com a cronologia de um século de existência e um momento musical pelo Quarteto de Cordas Viana d'Arcus.
No seu discurso, Luís Nobre referiu que “celebrar 100 anos é significativo e é um momento de reconhecimento do que representa a cultura para a identidade de uma cidade e concelho”. “A cultura é o que faz a diferença e representa um projeto de futuro. Ao longo de todos estes anos, o acervo do Museu de Artes Decorativas foi sendo catalogado, colocado e exposto, num trabalho que tem sido concretizado no tempo”, referiu o autarca, agradecendo à equipa “que tem cuidado do espaço e permitido o reconhecimento que, hoje em dia, este museu tem”.
Luís Nobre indicou também que a inauguração do Museu de Artes Decorativas e a abertura do Elevador de Santa Luzia, ambas em 1923, “marcaram a cidade e a sociedade civil”. Por isso mesmo, referiu que “o desafio é dentro da interpretação, da memória e da alma que estes espaços oferecem, conseguir projetar e interpretar o mundo e o que a sociedade atualmente procura”.
O Museu de Artes Decorativas está instalado num solar urbano situado no largo de São Domingos, onde também fica a Igreja do convento da mesma evocação. O museu tem um grande acervo de artes decorativas, através das coleções de mobiliário (peças dos estilos D. João V, D. José e D. Maria ou contadores e outras peças indo-portugueses) e louça. Alberga ainda uma coleção de faiança portuguesa, com destaque para a faiança produzida no decorrer do século XVII e na primeira metade do século XVIII e que integra cerca de três centenas de peças.