De acordo com o anúncio hoje publicado em Diário da República (DR), a DGPC abriu a consulta pública, por 30 dias, “para efeitos de inscrição” da festa em honra da Nossa Senhora da Peneda em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, como património imaterial.
Segundo o documento, a DGPC “decide sobre o pedido de inventariação da Romaria da Senhora da Peneda no prazo de 30 dias, após a conclusão do período da presente consulta pública”.
De acordo com informação disponibilizada no sítio da Internet do Turismo Porto e Norte de Portugal, a Romaria de Nossa Senhora da Peneda, na freguesia de Gavieira, chegou a realizar-se em agosto, mas atualmente decorre a partir de 31 de agosto e até 08 de setembro, tendo como um dos pontos altos o terço cantado que percorre as capelas da escadaria do santuário.
A Romaria atrai milhares de peregrinos até ao alto da montanha, entre eles, muitos oriundos da Galiza, em Espanha.
Durante os dias da festa, “os populares cantam e dançam ao som das concertinas durante toda a noite”, sendo considerada “uma das mais concorridas romarias de Portugal, envolvendo peregrinos portugueses e galegos”.
“A festividade assenta num espaço natural e arquitetónico de beleza universal, com um magnífico afloramento rochoso de grande dimensão, uma queda de água e uma envolvente paisagística natural assombrosa, onde o belíssimo templo do século XVIII/XIX e o seu escadório de 20 capelas temáticas formam um todo de inigualável caracterização, dentro do espaço privilegiado do único Parque Nacional português, a Peneda-Gerês”, lê-se na descrição da romaria.
O Santuário, datado do século XVIII, está situado no lugar da Peneda, sendo constituído pela igreja, que foi terminada em 1875, pelo grande terreiro dos evangelistas e uma escadaria com cerca de 300 metros. Nas suas laterais existem 20 capelas que retratam cenas da vida de Cristo e ainda os quartéis.
Propriedade da Confraria de Nossa Senhora da Peneda, o templo foi elevado a santuário em abril 2020, por decreto do então bispo da Diocese de Viana do Castelo Anacleto Oliveira.
A diocese justificou o reconhecimento como santuário por se tratar de "um dos monumentos marianos mais notáveis" do distrito de Viana do Castelo e "pela sua antiguidade, dos mais venerados em todo o Alto Minho, estendendo-se o seu prestígio e influência à vizinha região autónoma da Galiza, em Espanha".