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Alto Tâmega e Barroso afirma-se como destino de água e bem-estar

Alto Tâmega e Barroso afirma-se como destino de água e bem-estar
Fotografia Miguel Viegas

Luísa Teresa Ribeiro

Chefe de Redação

Publicado em 16 de maio de 2023, às 23:06

Turismo é relevante para a dinamização da economia da região.

O Alto Tâmega e Barroso está a consolidar-se como um destino de água e bem-estar, com o objetivo de receber cada vez mais visitantes e prolongar a sua permanência no território.

O Alto Tâmega e Barroso está a promover-se como uma região de água e bem-estar, aproveitando o potencial que, nos tempos áureos das termas, fez deste território um dos destinos nacionais com mais prestígio.

O trabalho está a ser desenvolvido há cinco anos pela Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso (CIMAT), no sentido de estruturar, capacitar e promover o turismo na região, que abrange Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.

O primeiro secretário executivo desta entidade, Ramiro Gonçalves, explica que tem sido feito «um esforço coletivo», para «agregar todo o território através de um elemento verdadeiramente identitário, que é a água».

«O território reconheceu a água como sendo o seu elemento agregador. É uma identidade que não é transponível e que nos diferencia perante os nossos vizinhos», afirma.

Com águas famosas desde a época dos romanos, a região está a potenciar as suas quatro águas minerais – Carvalhelhos, Vidago, Campilho e Pedras – e as águas termais que brotam a 76 graus, em Chaves. A região aposta «num conceito abrangente, que considera não apenas a saúde, mas contempla o relaxamento, o contacto com a natureza ou a fuga à rotina».

Este responsável explica que a implementação do plano estratégico começou pela identificação da capacidade instalada no território e pela criação de condições de excelência para receber os visitantes, através da requalificação das estâncias termais, valorização dos rios e das praias fluviais e criação de uma rede lúdica da água, com intervenções ao abrigo de projetos com financiamento comunitário.

No sentido de organizar o fluxo turístico, foram estruturadas sete áreas que agrupam os ativos mais relevantes da região: termas e spa; montanhas e rios; aldeias e tradições; estradas de paisagem; património e artes; gastronomia, águas e vinhos; e desporto e aventura.

Com uma área de 2.922 quilómetros quadrados, a região tem quase 270 pontos de especial interesse turístico, que estão catalogados com QR Code, em português e inglês, podendo ser facilmente identificados através da aplicação Visit Alto Tâmega.

«Até 2027, o Alto Tâmega deverá afirmar-se como destino turístico de elevada notoriedade e visibilidade no quadro da Região Norte, que consegue beneficiar das valias económicas, sociais e ambientais da atividade turística, tirando partido dos seus elementos diferenciadores, como a água, a natureza ou a identidade cultural, para se posicionar como “Região de Bem-estar”». Plano Estratégico de Turismo

Num «exercício de cooperação e solidariedade institucional muito relevante», cada município contribuiu com o mesmo valor para a construção do Posto de Turismo do Alto Tâmega e Barroso, inaugurado em setembro de 2020, em Chaves, que recebe anualmente 15 mil visitantes.

Esta estrutura serve de porta de entrada para os turistas, apresentando-lhes o que podem visitar nos seis concelhos e uma amostra dos principais produtos endógenos, com destaque para a água, vinho, azeite e frutos secos. Através deste serviço, o território tem marcado presença nas feiras de turismo mais importantes de Portugal e Espanha.

Esta dinâmica tem-se traduzido numa tendência de crescimento do número de visitantes, apontando os números de 2022 para 303 mil dormidas, que representam 60 milhões de euros de volume de negócios.

Ramiro Gonçalves explica que, atualmente, a meta é passar de 1,8 noites de permanência média dos turistas para 2,2 noites, consubstanciando o slogan “É aqui que eu gosto de estar!”.

«O turismo é um bom exemplo de como é que se pode alavancar o todo, através da soma das partes», afirma o dirigente regional, enfatizando a importância da criação do AQUAVALOR – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água (CoLAB) e o funcionamento de uma escola de ensino superior politécnico centrada na hotelaria e bem-estar.