twitter

Guimarães tem apoios de 450 mil euros para projetos de criação artística

Guimarães tem apoios de 450 mil euros para projetos de criação artística
Fotografia Avelino Lima

Publicado em 11 de maio de 2023, às 14:20

Vereador Paulo Silva vincou impacto dos Festivais de Teatro Gil Vicente na promoção da criação artística nacional

Depois de ter sido colocada à margem do financiamento do Estado à criação artística pela nova lei que regula a atribuição de apoios à Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, a cooperativa “A Oficina” viu serem-lhe atribuídos apoios de 450 mil euros para os vários projetos de criação artística que vai realizar ao longo de 2023.

O financiamento foi garantido através de negociações diretas entre o Município de Guimarães e o Ministério da Cultura, disse ontem o vereador que tem o Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães. Falando à margem da conferência de imprensa de apresentação da edição de 2023 dos Festivais de Teatro Gil Vicente, Paulo Silva afirmou que «há [no Ministério da Cultura] uma perceção muito clara sobre o trabalho [criativo e cultural] que se faz em Guimarães», pelo que os apelos feitos pela autarquia da “cidade-berço” «têm tido eco».

O jovem vereador sublinhou que «foi a própria Direção-Geral das Artes que abriu as portas «a uma solução alternativa», quando a alteração ao novo modelo de financiamento da DGArtes deixou de fora a cooperativa que tem a responsabilidade de promover a criação artística e a democratização do acesso à produção cultural e ao mundo das artes.

Democratizar acesso à produção artística

Paulo Silva salienta que o Município de Guimarães não quer apenas uma solução especial para a “A Oficina”, porque «há outras casas de outros municípios que também financiam residências artísticas e culturais que não resposta no atual quadro de financiamento» estatal.

«Aquilo que queremos é uma solução estável, que não seja apenas para a “A Oficina” e que promova uma nova política cultural de financiamento às artes», precisou o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, dando nota que o apoio que a “A Oficina” concede à criação artística é uma das marcas identitárias da edição deste ano dos Festivais de Teatro Gil Vicente, que estão «muito» focados na promoção da criação nacional.

O jovem autarca vimaranense destaca também o desafio que os festivais assumem na «desmistificação da ideia de que isto [da cultura e das artes] não é para nós». É que o Município de Guimarães «não quer» que a fruição cultural e artística «seja para elites» e está comprometido «com a democratização» do acesso à criação.

Por isso é que a edição deste ano dos festivais reforça os descontos no preço dos bilhetes, que vão de 20 a 50 por cento. «Esse é também o papel das artes, porque o teatro é para todos», resumiu.