Cerca de uma centena de jovens do distrito de Braga estão atualmente envolvidos no Programa de Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas organizado pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) com a missão de sensibilizar as populações, prevenir contra os incêndios florestais e outras catástrofes com impacto ambiental, bem como monitorizar e recuperar territórios afetados.
Um número que só não é superior devido à inexistência de mais apoios e ao envolvimento de mais associações, já que a procura é muita e não para de aumentar.
Em declarações ao Diário do Minho, o diretor regional do IPDJ explicou que o programa decorre entre os meses de abril e novembro, participando os jovens em turnos, por norma de 15 dias, consoante a sua disponibilidade e também com o propósito de permitir a mais candidatos participarem. «Assim envolvemos mais voluntários e, naqueles casos em que todos já fizeram, podem repetir», adiantou.
Criado em 2005 e entretanto reformulado, este programa encontra-se na «máxima força» e tem como parceiros o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) e a ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil).
Segundo Vítor Dias, é necessário aumentar o leque de entidades promotoras de modo a chegar a mais jovens e, assim, dar resposta à elevada procura para este tipo de projetos.
«Temos tido muita boa aceitação por parte dos jovens, que se mostram sensibilizados para a causa, e das organizações. Há Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia que já não abdicam deste programa, mas são precisos mais apoios e associações com respostas no setor das florestas e natureza que se envolvam, não só nacionais como regionais e locais. O nosso limite é o orçamento porque a procura é superior aos jovens que integram o programa. Se pudessemos ter mais, teríamos mais», sustentou.
Neste momento, os cerca de cem jovens dos 18 aos 30 anos de idade estão a participar no programa nos concelhos de Braga, Vizela, Amares, Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto.
Dar apoio a centros de recuperação de animais selvagens, ajudar na inventariação e monitorização de espécies animais e vegetais, assim como na reflorestação, sinalização e manutenção de caminhos florestais, na limpeza e manutenção do pé-posto e vigiar as florestas (de forma móvel e fixa) são as tarefas que lhes são incumbidas.
Autor: Rita Cunha
Voluntariado junta no distrito uma centena de jovens pela defesa da natureza
Publicado em 25 de agosto de 2020, às 14:27