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OMS defende escolas abertas

OMS defende escolas abertas
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Publicado em 19 de novembro de 2020, às 15:30

“Devemos assegurar o ensino aos nossos filhos”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, sublinhando que as crianças e adolescentes não são impulsionadores principais do contágio e que o fecho de escolas não é eficiente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) defendeu hoje a necessidade de manter as escolas abertas durante a pandemia de covid-19 e considerou que podem evitar-se os confinamentos se forem aumentadas as medidas de proteção. “Devemos assegurar o ensino aos nossos filhos”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, sublinhando que as crianças e adolescentes não são impulsionadores principais do contágio e que o fecho de escolas não é eficiente. Kluge frisou também que os confinamentos são “uma perda de recursos” e que provocam muitos efeitos secundários, como danos na saúde mental ou aumento da violência de género. De acordo com o mesmo responsável, esta medida seria evitável se o uso de máscaras fosse superior a 90% entre a população. Ter mantido a maioria das escolas abertas na Europa durante quase 100 dias seguidos é considerado um motivo de satisfação, já que o encerramento pode afetar também a saúde mental dos jovens e ter consequências sociais. Apesar de o uso de máscara não ser “um remédio,” e de dever ser completado com outras medidas, quando se verifica uma utilização inferior a 60%, é “díficil evitar confinamentos”, disse, em conferência de imprensa digital, em Copenhaga, sede do escritório regional da OMS. A defesa das escolas e o uso de máscaras para evitar os confinamentos foram duas das mensagens centrais de Kluge, que classificou como “grande esperança na luta contra o vírus”, as notícias surgidas nos últimos dias sobre avanços em vários ensaios de vacinas para a covid-19. A OMS reafirmou a importância de todos os países terem acesso às futuras vacinas. “A vacina é muito importante, mas não é uma fórmula milagrosa”, referiu Kluge, aludindo à necessidade de a completar com outras medidas de proteção.
Autor: Redação / Lusa