«Agora as autarquias poderão ou contratar diretamente os nadadores-salvadores ou contratar associações de nadadores-salvadores licenciadas pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e, assim, certamente existirá uma melhoria na organização e estrutura de todo o sistema de salvamento aquático», declarou o responsável da Fepons.Na perspetiva de Alexandre Tadeia, a passagem da gestão das praias para as autarquias «fará com que, em termos de formação, em termos de coordenação, tudo irá melhorar» na contratação dos nadadores-salvadores, já que os profissionais contratados diretamente pelos concessionários de praia «não têm formação contínua, nem têm coordenação».
«Era uma medida que defendíamos já há alguns anos: aumentar a profissionalização dos nadadores-salvadores, acabando com a contratação direta dos nadadores-salvadores pelos concessionários», reforçou o presidente da federação.De acordo com o representante da Fepons, a aprovação deste diploma assume maior importância num momento em que os dados revelam que, «nos últimos oito anos, houve um aumento de 84,7% nos afogamentos em Portugal».
Os dados da federação indicam, ainda, que «em 2017 morreram 122 pessoas afogadas em Portugal», pelo que a transferência para as autarquias da competência de gestão das praias «é uma medida que vem num momento em que se está a concertar todas e mais algumas estratégias para prevenir o afogamento em Portugal», afirmou Alexandre Tadeia.O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, os primeiros sete diplomas sectoriais no âmbito da transferência de competências para os municípios, em áreas como a justiça e a gestão de fundos comunitários.
Autor: Redação