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Greve dos trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal com adesão de 80%

Greve dos trabalhadores da CP e da Infraestruturas de Portugal com adesão de 80%
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Publicado em 23 de dezembro de 2022, às 11:41

Estão apenas a circular os comboios abrangidos pelos serviços mínimos.

A adesão à greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal ronda os 80%, estando apenas a circular os comboios abrangidos pelos serviços mínimos, avançou à Lusa uma fonte sindical.

«A adesão dos trabalhadores ronda os 80%, os restantes estão a trabalhar porque têm que cumprir os serviços mínimos», adiantou António Pereira, dirigente do Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), que integra a plataforma de vários sindicatos que representam os trabalhadores da CP e da IP e que convocou dois dias de greve, esta sexta-feira e segunda-feira.

A nível de comboios suprimidos, dos 245 comboios que deviam circular até às 8h00 de hoje, apenas circularam 109, disse António Pereira. O sindicalista adiantou que foi tentado «tudo por tudo» para não avançar para a greve, mas, disse, «o ministro das Finanças optou por perder milhares de euros nestes quatro dias de greve em prol de dar algum aos trabalhadores».

O presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), António Salvado, confirmou a «grande adesão à greve» por parte dos trabalhadores. «Só estão a realizar-se os comboios dos serviços mínimos, as bilheteiras estão praticamente fechadas pelo país inteiro. Há uma forte adesão, é uma grande greve», salientou António Salvado.

Segundo o dirigente sindical, «as Infraestruturas de Portugal têm tolerância de ponto, mas até esta hora a adesão é praticamente de 100%». Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal e da Infraestruturas de Portugal (IP) reivindicam um prémio financeiro que compense a perda do poder de compra verificado no ano 2022, a atualização do subsídio de alimentação e o fim da «discriminação entre trabalhadores».

A CP colocou uma nota no seu site a alertar para a previsão de «perturbações na circulação de comboios, a nível nacional”, “com possível impacto nos dias anteriores e seguintes aos períodos de greve», lamentando ainda os transtornos causados. Os clientes que já tinham comprado bilhetes para comboios cancelados podem pedir o reembolso total do valor, até dez dias após terminada a greve, ou a revalidação gratuita para outro comboio da mesma categoria.

A plataforma que convocou a greve inclui a ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária, a ASSIFECO - Associação Sindical Independente, o FENTCOP - Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas, o SINDEFER - Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia, o SINFA - Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários de Infraestruturas e Afins, o SINFB - Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários, o SIOFA - Sindicato Independente dos Operacionais e Afins e o STF - Sindicato dos Transportes Ferroviários.

A paralisação tem uma duração de 24 horas para os dias 23 e 26 deste mês e prevê ainda uma greve ao trabalho suplementar, incluindo feriados e dias de descanso semanal, «desde a meia noite de 23/12 à meia noite de 2 de janeiro de 2023». Foram definidos serviços mínimos de 25% dos comboios, que, segundo a CP, concentram-se no início e no final do dia, as chamadas ‘horas de ponta’.


Autor: Redação/Lusa