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Operações integradas para gerir paisagem contra fogos têm 165 ME do Plano de Recuperação e Resiliência

Operações integradas para gerir paisagem contra fogos têm 165 ME do Plano de Recuperação e Resiliência
Fotografia Avelino Lima

Francisco de Assis

Jornalista

Publicado em 30 de janeiro de 2025, às 15:20

Anunciou hoje Rui Ladeira, em declarações à Lusa antes da assinatura dos contratos de 50 OIGP, na Câmara Municipal de Vila de Rei, com a presença dos ministros da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalh

O secretário de Estado das Florestas considerou hoje que as Operações Integradas de Gestão da Paisagem (OIGP) vão garantir «mais resiliência» e «valorização» do território, em termos florestais e de ordenamento, num investimento inicial de 165 milhões de euros.

«Estes territórios, que são mais de 100 mil hectares que estão nestas propostas de 50 OIGP, a somar às 12 do anterior governo, garante que, no próximo ano e meio, temos a possibilidade de as entidades gestoras fazerem uma intervenção tecnicamente validada por várias entidades e tecnicamente apropriada para garantir mais resiliência, mais valorização desse território no contexto florestal, mas também do ordenamento do território» e do futuro, afirmou Rui Ladeira.

O governante falava à Lusa antes da assinatura, hoje à tarde, dos contratos de 50 OIGP, na Câmara Municipal de Vila de Rei, com a presença dos ministros da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

As empreitadas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terão de ser executadas «até meados de 2026», mas o atual executivo decidiu assegurar, com «recursos nacionais», a continuidade dos processos «porque não é só transformar a paisagem, é preciso dar-lhe continuidade», é «preciso limpar» e «criar condições» para «os designados serviços de ecossistema», assegurando o seu financiamento em 20 anos, através de 331 milhões de euros do Fundo Ambiental.

«Portanto, é um esforço muito significativo, mas é um posicionamento e demonstra bem a vontade e a determinação deste Governo em transformar a paisagem, garantir proteção contra incêndios e, sobretudo, preparar estes territórios para o futuro», frisou Ladeira, acrescentando que, no total das 62 OIGP, a intervenção abrange 127.618 hectares, com um investimento inicial superior a 165 milhões de euros.

O objetivo, vincou, passa por garantir que a transformação seja «de longo prazo» e preparar as próximas gerações para que a «paisagem dê mais resiliência, atratividade e estabilidade a quem lá vive» e também, ao gerar negócios, mais atratividade para territórios de baixa densidade, com «mais famílias, mais jovens», criando «uma dinâmica muito positiva» para essas regiões.

O antigo presidente da Câmara de Vouzela referiu que se trata de um momento «muito relevante para o país» no sentido de «dar eco relativamente à estratégia” de procurar diminuir o risco de incêndio, principalmente na época «mais sensível do calor», da «inflamabilidade» e da «falta de ordenamento».

«Esta questão para nós é muito relevante: a prevenção contra incêndios é no inverno, é nas épocas da plantação que garantimos que nos períodos mais difíceis estamos mais protegidos, mais preparados para aquilo que é, ano após ano, esta aflição, esta preocupação dos portugueses», salientou.

A área governativa das florestas tem estado a trabalhar com outros organismos, como a Direção-Geral do Território, «garantindo não só as questões financeiras« para executar no âmbito do PRR, mas também o cumprimento dos prazos de execução.

«Com os contratos hoje assumidos, assinados, vamos ter mais tempo para executar obra e isso garante o que é sensível na floresta, como sabe, plantar, fazer limpezas, haver disponibilidade de máquinas, haver disponibilidade de plantas», explicou Rui Ladeira.

Para o governante, «é preciso tempo” para que as empresas possam concorrer aos concursos, «no quadro daquilo que é a disponibilidade do país», e quanto mais tempo tiverem, mais oportunidade vão ter para executar os cadernos de encargos.

Redação/Lusa