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Greve de funcionários com pouco impacto nas escolas até agora, avançam diretores

Greve de funcionários com pouco impacto nas escolas até agora, avançam diretores
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 20 de setembro de 2024, às 11:12

A ANDAEP conhece muito poucos casos de escolas encerradas devido à greve dos trabalhadores não docentes.

A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) conhece muito poucos casos de escolas encerradas devido à greve dos trabalhadores não docentes, que estima que volte a afetar mais as escolas de 1.º ciclo.

“Pedi aos diretores que me indicassem o que se passa nas suas escolas e, neste momento, com base nos relatos que recebi de todo o país, do norte ao sul, o grosso está a funcionar normalmente”, contou à Lusa Filinto Lima, presidente da ANDAEP, a quem a Lusa pediu às 10h00 um primeiro balanço do impacto da greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).

Filinto Lima salientou que estas greves têm sempre mais impacto nas escolas do 1.º ciclo, uma vez que é onde há mais falta de funcionários e, por isso, “basta um ou dois trabalhadores fazerem greve para já não ser possível abrir a escola”. "Neste momento tenho apenas conhecimento de uma escola encerrada na zona de Lisboa", acrescentou.

A Lusa recebeu relatos de algumas escolas fechadas em Coimbra, como a EB 2/3 Eugénio de Castro, no centro da cidade. Fez também uma ronda pelos ‘sites’ de vários agrupamentos de escolas, desde escolas de Lisboa, como o agrupamento de Portela e Moscavide, a Miranda do Corvo ou Aver o Mar, onde se podem ler notas dos diretores a avisar as famílias da marcação de greve e possível “encerramento parcial ou total de algumas escolas do agrupamento”, mas sem a atualização até este momento do que se passa agora.

Entre as reivindicações, os trabalhadores exigem o aumento do salário mínimo para mil euros, o aumento do subsídio de refeição para 10,50 euros ou a reposição e valorização de todas as carreiras.

À Lusa, também Cristina Torres, do STAL, disse não ter um balanço do impacto da greve, sublinhando que o sindicato está a tratar o dia de hoje "como um dia de manifestação e não de greve". "Sabemos que vai ser um dia de greve muito participado e com impacto, mas não convocámos uma greve para fechar escolas ou serviços das autarquias. Convocámos a greve para permitir que os trabalhadores possam participar na manifestação que vai começar agora em Lisboa. Até poderemos ter aqui trabalhadores da região de Lisboa que estejam na manifestação e depois vão trabalhar", contou a sindicalista.

A manifestação começa no Jardim da Estrela, em direção ao Largo do Rato, seguindo depois até à Assembleia da República (AR) e terminando com uma concentração no Jardim das Francesinhas, situado junto à AR. Os funcionários das escolas têm agendada uma outra greve nacional a 4 de outubro, dessa vez convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais que exigem melhores condições de trabalho e aumentos salariais.