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Artista plástico Edmundo Cruz morre aos 96 anos

Artista plástico Edmundo Cruz morre aos 96 anos
Fotografia Facebook

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 22 de agosto de 2024, às 14:33

O artista plástico Edmundo Cruz, cuja obra ficou marcada pelas pinturas de paisagens e ofícios rurais, morreu na quarta-feira, aos 96 anos, no Hospital Amadora-Sintra, disse hoje à agência Lusa fonte da agência funerária Servilusa.

 

O pintor, nascido em Lisboa, em 28 de fevereiro de 1928, residente em Colares, concelho de Sintra, foi distinguido com vários prémios, entre eles, em 2001, a Medalha de Prata Mérito Municipal de Sintra e, em 2003, a Medalha de Mérito Municipal de Sintra – 1º Grau – Ouro.

As cerimónias fúnebres do artista plástico decorrerão a partir de sexta-feira, das 18:00 às 23:00, quando estará em câmara ardente na Capela de São Sebastião, em Colares, e o funeral realiza-se no sábado, às 12:00, para o Crematório de Rio de Mouro, segundo a mesma fonte.

De acordo com a biografia disponibilizada pela agência funerária, no início de carreira, Edmundo Cruz estudou na Escola Náutica, onde fez o curso de engenheiro de maquinista naval, concluído quando tinha 20 anos, e trabalhou como engenheiro de máquinas da marinha mercante portuguesa.

No seu percurso como engenheiro, criou uma máquina que permitia fazer a estampagem de tecidos dos dois lados, na vertical, cedeu a patente nos anos 1970 a uma empresa britânica e viajou um pouco por todo o mundo para coordenar a montagem em diversas fábricas.

Viveu na Rodésia, atual Zimbabué, onde fez a gestão de uma empresa de estampagem de tecidos e integrou a equipa de desenhadores têxteis, ao mesmo tempo que trabalhava para revistas e dava os primeiros passos na pintura a nível profissional.

Realizou exposições individuais em vários países e regressou a Portugal pouco antes da revolução do 25 de Abril. Chegou a ser paginador do jornal Correio da Manhã.

As pinceladas com cores fortes e a expressão das personagens são algumas das características da pintura de Edmundo Cruz, que pintou sobretudo em óleo sobre tela e aguarela, inspirado pelas paisagens de Sintra, do Alentejo, com motivos da vida rural, os ofícios da pesca e a vida marítima.

A sua obra está representada em coleções privadas e públicas nos Estados Unidos, Brasil, Bélgica, Canadá, Holanda e Itália.