twitter

Marinha Portuguesa envia para São Tomé embarcação de alta velocidade

Marinha Portuguesa envia para São Tomé embarcação de alta velocidade
Fotografia Marinha Portuguesa

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 28 de abril de 2024, às 11:21

Com a nova embarcação é reforçada a missão de fiscalização e busca e salvamento.

Uma embarcação de alta velocidade recuperada e reestruturada foi este sábado enviada para São Tomé e Príncipe, reforçando o dispositivo da Marinha portuguesa no país, informou o ramo das Forças Armadas.

A embarcação tinha sido encontrada danificada em 2022 na Praia das Bicas, em Sesimbra, supostamente com ligações ao narcotráfico. Foi declarada perdida a favor do Estado. “No sentido de capacitar a Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, com o apoio à fiscalização marítima conjunta e contribuindo para um reforço significativo da segurança marítima, nas águas de São Tomé e Príncipe e do Golfo da Guiné”, foi decidido recuperar e reconverter a embarcação, segundo um comunicado divulgado pela Marinha Portuguesa.

O trabalho foi desenvolvido em parceria entre a Célula de Inovação e Experimentação Operacional de Sistemas Não Tripulados (CEOV), da Marinha Portuguesa, e o Centro de Manutenção da Autoridade Marítima Nacional (CM AMN). O trabalho consistiu, nomeadamente, na reparação estrutural do casco, reforço da flutuabilidade, instalação de novos motores fora de borda, reconfiguração da cablagem e instalação de bancos. Foi ainda instalado um sistema de comunicações por satélite, sendo possível ser montada uma metralhadora à proa.

A embarcação foi batizada de “Príncipe”, tem um comprimento de 12, 8 metros, 2,7 metros de boca (largura máxima), velocidade máxima de 55 nós e uma autonomia de 400 milhas náuticas a 30 nós. Terá uma guarnição de 10 elementos, constituída por fuzileiros portugueses e militares da Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, “reforçando o dispositivo da Marinha Portuguesa nesse país, constituído atualmente pelo NRP Centauro”, pode ler-se no comunicado.

Com a nova embarcação é reforçada a missão de fiscalização e busca e salvamento, e a Marinha Portuguesa “passa a dispor de uma embarcação com as capacidades 'offshore' para intervenções rápidas de apoio ao Destacamento de Ações Especiais dos Fuzileiros”. “Desta forma a Marinha Portuguesa irá atingir um patamar, nesta área operacional, muito acima das suas congéneres que também operam na zona instável do Golfo da Guiné”, afirma-se no comunicado da Marinha.