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Alunos devem aprender através de tarefas "autenticas ou realistas"

Alunos devem aprender através de tarefas "autenticas ou realistas"
Fotografia Pexels

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 08 de janeiro de 2024, às 14:58

O Conselho Nacional de Educação (CNE) desenhou um Guião de Inovação Pedagógica que defende que deve ser dada mais voz aos alunos e sugere que a aprendizagem seja feita através de tarefas “autênticas ou realistas”.

O Guião de Inovação Pedagógica (GIP) tem como objetivo apoiar as escolas e por isso apresenta vários caminhos que podem ser utilizados no planeamento das iniciativas, “não se pressupondo que sejam todos aplicáveis a todas as iniciativas”, lê-se no documento hoje divulgado.

Sublinhando que cabe às escolas definir quais as melhores opções a seguir, tendo em conta a sua realidade e os seus objetivos, o GIP defende que o foco deve estar nos alunos e nas aprendizagens.

O documento salienta a importância de uma gestão do currículo flexível, assim como de uma interdisciplinaridade e transdisciplinaridade e uma relação entre a escola e a vida dos alunos.

O CNE defende que deve ser valorizada a diversidade dos alunos, garantindo a “ampliação da ‘voz’”, através de mais iniciativas, maior participação e reflexão, assim como apostando no pensamento crítico, na cooperação, na tomada de decisão ou mesmo na autorregulação.

Sobre a forma de aprender, o GIP aponta para tarefas “autênticas ou realistas, articulando o desenvolvimento de competências disciplinares e transversais”.

Já sobre a avaliação, também deve haver “tarefas de avaliação autênticas ou realistas”, sem esquecer que os processos e critérios de avaliação têm de ser transparentes e que pode haver uma negociação.

“Feedback formativo, autoavaliação, avaliação entre pares”, assim como participação na definição de modalidades de avaliação são outras das propostas do CNE.

O guião salienta também que os espaços físicos e virtuais, tanto dentro como fora da escola, devem ser desenhados de forma a garantir que sejam “facilitadores do diálogo, da participação e da inclusão”.

Além do foco nos alunos e na aprendizagem, o GIP analisa outras duas dimensões: o lado social e “uma orientação local e sistémica”.

No que toca ao “sentido social”, o documento salienta a importância de garantir uma educação inclusiva e a pensar numa cidadania democrática, sem esquecer que se pode sempre voltar à escola e que a aprendizagem pode e deve ser feita ao longo da vida.

Na “orientação local e sistémica”, o Guião aponta para a possibilidade de integrar a inovação noutros projetos, que tanto podem ser os projetos educativos da escola, de interação com a comunidade ou projetos educativos de âmbito local, regional, nacional ou mesmo internacional.

O Guia defende ainda a importância de desenvolver pedagogias de cooperação e solidariedade assentes em princípios de não discriminação, respeito pela diversidade e diminuição das desigualdades.