O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou este sábado que não haverá uma reposição de fronteiras “em sentido literal” para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), mas apenas “controlos terrestres não sistemáticos”.
Em declarações aos jornalistas em Arcos de Valdevez, onde inaugurou o novo hangar do centro local de meios aéreos, o governante garantiu ainda que os planos de segurança e de mobilidade para a JMJ estão “fechados” e que Portugal está pronto para acolher aquela jornada. “[Nas fronteiras, serão feitos] controlos terrestres não sistemáticos, só para os casos em que haja sinalização de risco”, disse José Luís Carneiro, que este sábado foi confrontado com a preocupação dos autarcas do Alto Minho em relação a essa matéria.
Uma preocupação que, adiantou, tinha a ver com a ideia de que poderia haver “uma reposição de fronteiras em sentido literal, de controlos permanentes e sistemáticos”. “O fluxo [rodoviário] decorrerá com normalidade”, frisou, adiantando que as forças de segurança só atuarão caso haja um “sistema de alerta” que aconselhe que se proceda à paragem dos automobilistas e se peça respetiva documentação.
José Luís Carneiro adiantou que na sexta-feira foram fechados os planos de segurança e mobilidade para a JMJ. “Estamos prontos para receber o papa Francisco e fazer a JMJ”, garantiu, lembrando que se trata de um evento que poderá juntar entre um a 1,5 milhões de peregrinos. Disse que já está definido um dispositivo de 16 mil elementos das forças e serviços segurança, que pode chegar aos 20 mil.
Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso de um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital. A JMJ vai decorrer de 1 a 6 de agosto.