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Poeta José Alberto Oliveira morre aos 71 anos

Poeta José Alberto Oliveira morre aos 71 anos
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 16 de maio de 2023, às 08:50

O poeta foi vítima de uma septicemia, no Hospital de São José.

O poeta José Alberto Oliveira morreu este domingo à noite, aos 71 anos, vítima de uma septicemia, no Hospital de São José, em Lisboa, indicou esta segunda-feira a editora Assírio & Alvim, que publicava a sua obra.

Segundo a mesma fonte, José Alberto Oliveira, médico de formação, poeta e tradutor, encontrava-se já internado há algum tempo, acabando por desenvolver uma septicemia que conduziu à sua morte. O velório vai ter lugar na Capela Mortuária da Igreja de Fátima, em Lisboa, a partir das 11h00 de terça-feira, e o funeral vai sair às 9h00 do dia seguinte para o Cemitério dos Olivais, onde o corpo será cremado, acrescentou a editora.

Nascido em 1952 em Souto da Casa, no Fundão, José Alberto Oliveira era médico cardiologista e publicou pela primeira vez no “Anuário de poesia de autores não publicados” da Assírio & Alvim, em 1984. O seu primeiro livro de poesia, “Por alguns dias”, surgiu em 1992 e “surpreendeu pelo seu lirismo discreto e pela diversidade temática de aproximação a aspetos do quotidiano, onde além disso são notórias as influências da poesia inglesa”.

Publicou praticamente toda a sua obra poética na Assírio & Alvim, nomeadamente os livros “O que vai acontecer?”, “Peças desirmanadas e outra mobília”, “Mais tarde”, “Bestiário”, "Nada tão importante que não possa ser dito”, “Tentativa e erro”, “Como se nada fosse”, “De passagem” e “Rectificação da linha geral”.

José Alberto Oliveira também traduziu alguns dos mais importantes autores, para a Assírio & Alvim, como W.H. Auden, Russel Edson, Frank O’Hara, Edgar Allan Poe, Li Shang-yin, Charles Simic e Mark Twain, entre muitos outros, e foi um dos principais colaboradores do livro “Rosa do Mundo — 2001 poemas para o futuro”.

A editora destaca a relação de amizade que tinha com o poeta, uma “presença assídua” que “aconselhou a publicação de inúmeros livros, colaborou na revista A Phala, partilhou leituras, opiniões e críticas”. “Foi um dos grandes responsáveis pela afirmação da editora no panorama literário português e a sua falta será profundamente sentida”, concluiu a Assírio & Alvim.