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Operação Páscoa 2023 termina com pior balanço dos últimos dois anos

Operação Páscoa 2023 termina com pior balanço dos últimos dois anos
Fotografia Nuno Cerqueira/Arquivo DM

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 13 de abril de 2023, às 09:05

Houve 16 vítimas mortais.

No período de Páscoa, entre 6 e 10 de abril, registaram-se mais 11 vítimas mortais nas estradas portuguesas do que na Páscoa de 2022 e mais sete do que em 2021, revelou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). O "balanço global" da Páscoa 2023 é de 16 vítimas mortais, 42 feridos graves e 555 feridos leves, mais 11 vítimas mortais, menos dois feridos graves e mais 48 feridos leves do que no período da Páscoa de 2022.

Em relação a 2019, verificou-se um aumento de sete vítimas mortais, dois feridos graves e 36 feridos leves, no respetivo período da Páscoa. "Apesar dos progressos efetuados nos últimos 25 anos em Portugal, o número de mortos e de feridos graves nas estradas portuguesas continua a ser muito elevado. Em média, na última década, 650 pessoas perderam a vida por ano e mais de dois mil ficaram gravemente feridas", refere a ANSR, em comunicado divulgado na noite de quarta-feira.

No documento, "apela a todos os que utilizam o sistema rodoviário para darem prioridade à vida" e adotarem comportamentos seguros. "Só com o compromisso de todos será possível combater este flagelo que é a sinistralidade rodoviária e atingir o único número aceitável de vítimas mortais: Zero", destaca.

O balanço revela um total de 1 758 acidentes com vítimas esta Páscoa, dos quais 11 acidentes "muito graves" que provocaram 16 vítimas mortais, com idades entre 10 e 71 anos. Esses acidentes, seis colisões e cinco despistes, ocorreram nos distritos de Porto, Aveiro, Viseu, Santarém e Évora, em arruamentos e estradas nacionais, envolvendo dez veículos ligeiros, três motociclos, dois ciclomotores e um velocípede.

O balanço da ANSR revela ainda que, entre 6 a 10 de abril de 2023, foram fiscalizados mais de dois milhões de veículos, quer presencialmente pela GNR e pela PSP, quer através de controlo por radar. Relativamente à velocidade, foram fiscalizados 1 980 925 veículos, dos quais 1 822 091 pelo SINCRO - Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (92% do total), da responsabilidade da ANRS, representando um aumento de 13,1% face a 2022.

Dos veículos fiscalizados por radar de velocidade, 10 945 circulavam com excesso de velocidade, dos quais 4 027 foram detetados pelos radares da GNR e da PSP e 6 918 pelos da ANSR, resultando numa taxa de infração (n.º total de infrações/n.º total de veículos fiscalizados) de 0,55%, abaixo da taxa registada em 2022 (0,73%). Na Páscoa de 2019, a taxa de infração foi de 0,64%.

Neste período, foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool 33 037 condutores, tendo 739 apresentado uma taxa de alcoolemia superior à máxima permitida (TAS≥0,50 g/l), dos quais 401 condutores uma TAS superior a 1,20 g/l. A taxa de infração registada por condução sob influência de álcool foi de 2,24%, inferior à registada em 2022 (2,56%) e em 2019 (2,74%), segundo os dados da ANSR.

Nas fiscalizações foram ainda detetadas 233 infrações relativamente ao uso do telemóvel durante a condução.