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Inflação abranda para 7,4% em março, mas há preços que continuam a subir

Inflação abranda para 7,4% em março, mas há preços que continuam a subir
Fotografia LUSA

Publicado em 31 de março de 2023, às 10:24

O recuo da inflação em março, estimado pelo INE, deve-se sobretudo à quebra nos preços da energia.

A taxa de inflação homóloga em Portugal abrandou para 7,4% no mês de março, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A comparação feita com março de 2022 é favorável, contudo, os preços continuam a subir no caso de alguns bens, como os produtos alimentares.

Segundo os dados divulgados pelo INE, a variação homóloga dos preços no consumidor em março é 0,8 pontos percentuais mais baixa do que em fevereiro. A desaceleração é explicada, em parte, pelo aumento dos preços dos combustíveis e produtos alimentares em março de 2022, e ainda pela quebra dos preços da energia, que caíram 4,4% face a março de 2022 e 0,4% na comparação com fevereiro de 2023.

Os números são menos animadores quando olhamos para outros setores. Os bens alimentares não mostram sinal de aliviar a pressão inflacionista, já que os produtos alimentares não transformados subiram 1,5% em março face ao mês anterior, e os aumentos face a março de 2022 cifram-se em 19,3% – o que representa um ligeiro abrandamento face aos 20,1% registados em fevereiro.

Também os restantes bens e serviços – sob a categoria do total excluindo os produtos alimentares e a energia – continuam em subida. De acordo com o INE, a variação mensal é de 1,9%, o que representa uma aceleração face ao mês de fevereiro, quando excedia por pouco os 0,3%. A comparação com março de 2022 é mais gravosa: a subida dos preços está nos 7%.

Esta quarta-feira, o INE divulgou também a evolução das rendas o último trimestre de 2022. Guimarães, Barcelos e Vila Nova de Famalicão tiveram subidas acima da mediana nacional, mas é em Braga que o valor mediano por metro quadrado nos novos contratos de arrendamento continua mais alto.