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Gaza: Um final de ano apocalíptico

Gaza: Um final de ano apocalíptico
Fotografia Lusa

Publicado em 26 de dezembro de 2023, às 12:19

O final de ano 2023 parece não ter dado tréguas na Faixa de Gaza. A guerra que teve início em outubro já matou milhares de pessoas e na época natalícia a intensidade dos confrontos não acalmou.

O Natal é momento de paz para muitos e no fim do ano é pedida a prosperidade. Mas a realidade da guerra no Médio Oriente não o permite. 

O número de mortos causado pelas operações militares israelitas na Faixa de Gaza atingiu os 20.674 desde o início da guerra em 7 de outubro, revelou o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

A mesma entidade, citada pela agência AFP, refere que o número de feridos ascende já a 54.536.

Na véspera, o Ministério da Saúde local calculava em 20.424 o número de mortos, estimando que mais de 70% fossem civis, incluindo mais de oito mil crianças, e que cerca de 7.500 mortos permanecessem ainda debaixo dos escombros dos edifícios alvo dos bombardeamentos israelitas.


Entretanto, o Egito propôs no sábado ao grupo islamita Hamas uma trégua de “duas ou três semanas” em troca da libertação de 40 reféns israelitas, como parte de um plano para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

Na noite de consoada “a equipa da OMS registou testemunhos dilacerantes do pessoal médico e das vítimas sobre os sofrimentos infligidos pelas explosões”, declarou o chefe da organização da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no X (ex-Twitter).


“Uma criança perdeu toda a sua família no ataque [israelita] sobre o campo. Uma enfermeira do hospital teve a mesma perda, toda a sua família foi morta”, acrescentou na rede social. 

Também um importante general da Guarda Revolucionária do Irão, que coordenava a aliança entre a Síria e o Irão, foi morto num ataque aéreo israelita na Síria, perto de Damasco, nesta segunda-feira, informou a imprensa estatal iraniana. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, garantiu que Israel "pagará" por ter morto este importante chefe militar.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou testemunhos "dilacerantes" que as suas equipas recolheram hoje num hospital da Faixa de Gaza onde se encontram as vítimas do bombardeamento do campo de refugiados de Al-Maghazi.


Segundo ministério de Saúde do Hamas, pelo menos 70 pessoas foram mortas num ataque na noite de domingo que atingiu o campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. O Exército israelita disse que iria “verificar o incidente”.

Numerosos corpos sem vida, em sacos mortuários brancos, foram alinhados junto ao hospital Al-Aqsa, em Deir al-Balah, centro da Faixa de Gaza, antes dos funerais.


Segundo o chefe da OMS, o hospital indicou ter recebido uma centena de feridos após o bombardeamento.


Ainda assim, os habitantes de Al Maghazi continuavam na passada segunda-feira (25) à procura de sobreviventes entre os escombros após o bombardeamento israelita de domingo contra um acampamento de refugiados palestinos na região central da Faixa de Gaza.

O ataque deixou pelo menos 70 mortos e destruiu "um bloco de casas", segundo o Ministério da Saúde do Hamas.


Esse balanço não pôde ser confirmado por uma fonte independente. O Exército israelita disse que "analisa" a informação que recebeu sobre esse "incidente" e repetiu que toma "as medidas possíveis para minimizar os danos aos civis".