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Mar gelado da Antártida recuou em setembro 1,5 milhões km2 homólogos

Mar gelado da Antártida recuou em setembro 1,5 milhões km2 homólogos
Fotografia Pexels

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 28 de novembro de 2023, às 08:51

A superfície gelada do mar na Antártida retrocedeu em setembro 1,5 milhões de quilómetros quadrados em termos homólogos, revelou hoje o secretário-geral da ONU, António Guterres, que acaba de regressar do dito continente branco.

Aquela superfície equivale à soma do território da Alemania, França, Espanha e Portugal, detalhou, durante uma conferência de imprensa para dar conta da viagem.

“A Antártida está a chorar para que façamos alguma coisa”, disse Guterres.

O dirigente da ONU insistiu em que os efeitos do degelo “não se vão ficar pela Antártida, porque o mundo está interligado”, e apontou as consequências: subida do nível do mar, penetração da água salgada na terra, efeitos nas colheitas e riscos nas cidades costeiras, com especial gravidade nas cidades ao nível do mar e nas ilhas baixas.

O secretário-geral insistiu na clareza das causas de toda esta destruição: os combustíveis fósseis, e disse que, se não se reverter o aquecimento global, “os níveis do mar podem subir dez metros”.

A 28.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28) que se realiza no Dubai, a partir de dia 30, vai ser o momento para agir com três objetivos primordiais: triplicar a produção das energias renováveis, duplicar a eficiência energética e estender as energias limpas a todo o mundo até 2030, detalhou.

E em relação à informação – revelada hoje pela BBC – de que o governo dos Emirados Árabes Unidos, que vão acolher a COP28, estava a aproveitar o evento para estabelecer acordos de venda de petróleo, ao arrepio total do espírito da cimeira, Guterres disse, de forma categórica, que “não está certo”.