O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou este sábado que há lusodescendentes desaparecidos na sequência dos incêndios florestais no Havai, que provocaram a morte de pelo menos 80 pessoas.
“Até ao momento, o Governo [local] ainda não publicou as listas de vítimas mortais, havendo no entanto conhecimento de membros de famílias lusodescendentes que se encontram desaparecidos”, adiantou, em resposta à Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Pelo menos 80 pessoas morreram nos incêndios que atingiram a ilha norte-americana de Maui, no arquipélago do Havai, segundo o mais recente balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.
O Governo português garantiu estar a acompanhar a situação através do Consulado-Geral de Portugal em São Francisco, mantendo-se ainda em contacto com os líderes da comunidade portuguesa no Havai. De acordo com as autoridades do condado de Maui, cerca de 1 418 pessoas foram levadas para abrigos.
Os fogos são os mais mortíferos e destruidores dos desastres ocorridos no Havai, desde o ‘tsunami’ de 1960, que causou a morte a 61 pessoas. Estes incêndios são mesmo os mais mortais nos EUA desde o de 2018, em Camp Fire, no Estado da Califórnia, que provocou 85 mortos e reduziu a cinzas a cidade de Paradise.
Os riscos da cidade de Lahaina quanto a incêndios eram conhecidos. O plano de mitigação do condado de Maui, atualizado em 2020, identificou Lahaina e outras comunidades na parte ocidental de Maui como tendo frequentes incêndios e um grande número de edifícios em risco de sofrerem estragos pelos fogos.