«Costumo dizer que no Brasil a qualidade é muita, podemos implementar um pouco mais de intensidade. Por exemplo, os atletas que vêm para a Europa são aqueles que são "apetrechados" tecnicamente e depois têm intensidade nas suas ações», menciona Ivo Vieira, sobre as expectativas de um futebol diferente daquele que é praticado em Portugal.Segundo o técnico, de 46 anos, os jogadores dotados de qualidade e intensidade «são aqueles que marcam posição nos grandes clubes europeus», lembrando que é «um país que oferece jogadores pelo mundo fora, inclusive a Portugal».
O treinador, que rescindiu contrato com o Gil Vicente no início de novembro, destaca o futebol atrativo dos canarinhos. «Há que, provavelmente, potenciar outros aspetos em termos táticos, que poderá levar esses jogadores a terem um crescimento maior. O futebol é atrativo pela qualidade que jogam e vamos tentar, no meu caso, potenciar para que eles sejam melhores a cada dia», prossegue.
O treinador madeirense vai cumprir por no Brasil a sua segunda experiência fora do futebol português, após uma passagem na temporada 2020/21 pelos sauditas do Al Wehda. «O objetivo é também tentar sair um pouco do meu espaço de conforto que é Portugal, e tentar fazer um bom trabalho», afirmou aos jornalistas, à margem de um jogo solidário que teve lugar no Estádio do Marítimo, em que participou como jogador.O sucessor do também português António Oliveira, que vai orientar o Coritiba, assume que vai «abraçar o projeto com afinco para que as coisas corram de feição».
O técnico conta no seu currículo passagens por Gil Vicente, Famalicão, Vitória de Guimarães, Moreirense, Estoril Praia, Marítimo e Nacional e viaja para o Brasil no dia 1 de janeiro para começar os trabalhos com a equipa no dia seguinte.O Brasileirão conta na próxima época com sete treinadores portugueses: António Oliveira (Coritiba), Vítor Pereira (Flamengo), Ivo Vieira (Cuiabá), Pedro Caixinha (Bragantino), Renato Paiva (Bahia), Luís Castro (Botafogo) e o campeão Abel Ferreira (Palmeiras).
Autor: Redação/Lusa