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Rampa da Falperra faz maior esforço de sempre na sustentabilidade ambiental

Rampa da Falperra faz maior esforço de sempre na sustentabilidade ambiental
Fotografia CMB

Publicado em 02 de maio de 2025, às 18:07

44.ª edição da mítica prova bracarense terá lugar a 9, 10 e 11 de maio

A 44.ª edição da Rampa da Falperra reforçou a aposta na sustentabilidade ambiental e espera novos recordes (Traçado e número de inscritos). A mítica prova bracarense, que foi hoje apresentada no Salão Nobre da Câmara Municipal de Braga, conta este ano com uma melhoria significativa do pavimento em várias zonas do traçado, o que o torna substancialmente mais rápidoe propício para fazer caír o recorde instituído pelo italiano Christian Merli (1:46:944) no ano de 2019. Além disso, o número de inscritos ronda o recorde do ano passado (157) pelo que está tudo preparado para mais um fim de semana em grande na Falperra.

«O apelo que eu faço aqui a todos e ao público é para que estejam presentes em massa, que animem, que deem a cor e o ambiente que todos nós gostamos de ter na rampa, mas que cumpram as normas de segurança. Que não deitem o lixo para o monte. As pessoas ultimamente têm sido muito corretas, têm usado os ecopontos e os espaços para colocar o lixo, pedia que não cortassem árvores, que se mantivessem dentro dos seus locais e que desfrutassem da 44ª Rampa Internacional da Falperra. Em número de pilotos está garantido sucesso este ano. Temos praticamente o mesmo número de pilotos do ano passado, os melhores nomes da Europa estão cá», frisou Rogério Peixoto, presidente do Clube Automóvel do Minho (CAM).

 

«Luta de leões entre Kevin Petit e Merli»

O dirigente está esperançado que o recorde do traçado da Rampa da Falperra será batido novamente nesta temporada, fruto das melhorias feitas no piso do traçado. «Ttivemos este ano mais de 6 mil metros quadrados de novo piso, houve uma série de curvas que melhoraram a aderência e, portanto, acho que vamos ter aqui uma possibilidade de bater o recorde da pista, na medida em que temos aqui dois potenciais ganhadores, que é o Kevin Petit e o Christian Merlin, que têm disputado palmo a palmo as duas primeiras provas do Europeu. Acho que aqui em Braga vai ser uma luta de leões e é isso que eu acho que as pessoas vão esperar nos dias 10 e 11 na Rampa da Falperra», disse.

 

Ricardo Rio: «É extraordinário ver o modo como as pessoas vivem cada edição da prova»

Ricardo Rio vai viver esta edição da Rampa da Falperra como a última enquanto presidente da Câmara Municipal de Braga e sublinhou «ser extraordinário ver o modo como as pessoas vivem cada edição da prova».

«Cada rampa tem sempre um significado especial. São provas vividas pelos bracarenses e pelos muitos milhares que daqui afluem com grande entusiasmo. É uma verdadeira romaria. Eu, que moro perto da partida da rampa da Falperra, considero  verdadeiramente extraordinário ver o entusiasmo com que as pessoas vivem cada uma das edições da prova. E, nesse sentido, não se exige um sentimento especial por ser o meu último ano. É, sobretudo, um sentimento de realização e de satisfação por ter visto, também durante estes últimos 12 anos, o crescimento, a consolidação, a afirmação cada vez maior da Rampa da Falperra», sublinhou o edil bracarense.

A mais sustentável de sempre

Em termos de sustentabilidade ambiental, a 44.ª edição da Ramao da Falperra promete ser a mais sustentável de sempre a nível ambiental. 

Pela primeira vez foi atribuído o cargo de delegado ambiental da prova, assumido pela engenheira Rosário Arantes, da autarquia bracarense, que funcionará como elo entre a organização da prova e a FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting).

 

Toda a informação aos pilotos e respetivas equipas passa a ser feita pela via digital, através da plataforma Sportity (FALPERRA2025]. A AGERE garantirá não apenas a distribuição de água, sempre em copos de papel, tanto na partida, como noutros locais, bem como a limpeza de lixo, enquanto a recolha de resíduos destinados a reciclagem fica a cargo da BRAVAL. A água consumida na Zona VIP será originária da fonte do Sameiro, tendo sido efetuadas análises prévias para salvaguarda da respetiva qualidade sanitária, enquanto a que vai ser distribuída, em garrafas de vidro, aos oficiais de prova tem origem na rede pública de Braga, considerada uma das melhores do país.

Com o objetivo de reduzir a pegada de carbono, a frota de veículos utilizados pela organização da prova é movida a energia elétrica, o mesmo sucedendo em relação aos autocarros da TUB- Transportes Urbanos de Braga que vão assegurar o serviço especial Braga-Falperra-Braga para quem desejar assistir à rampa. Pretende-se evitar que os espetadores levem os seus veículos para a zona da prova. A viagem de ida e volta tem o custo de 1 euro e as informações sobre os pontos de paragem dos autocarros na cidade estão mencionadas no site oficial da prova: https://rampadafalperra.pt/.

Plantação de 300 árvores para compensar pegada carbónica

«Foi feito um estudo ambiental nas duas últimas rampas e a pegada que foi identificada nestes últimos dois anos, levava a que fizessemos uma plantação de cerca de 500 árvores e foi isso que fizemos através do CAM e numa área sensível que faz parte de todo aquele complexo da Rampa da Falperra, junto da zona onde ocorreram os incêndios de 2017, perto da Mata do Bom Jesus. Fazendo essa correlação, seria necessária de fazer mais uma plantação de 250 a 300 árvores para compensar a pegada carbónica da Rampa  e é isso que vamos fazer», disse o vereador do ambiente da Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa.

Ni Amorim: «Traçado mais exigente da Europa»

O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ni Amorim, fez questão de marcar hoje presença em Braga quando soube que este seria o último ano de Ricardo Rio como presidente da Câmara Municipal de Braga. «Não poderia deixar de estar aqui. Esta é a prova mais antiga do Campeonato de Europa e, portanto, isso só por si é um facto muito importante para o CAM que tem conseguido manter a prova  no Campeonato de Portugal e no Campeonato FIA, no Europeu, durante tantos e tantos anos e com a grande vantagem de cada ano que passa a Rampa tem sido mais bem organizada e tem-se feito algo mais a favor da segurança, que é algo que obviamente nos preocupa. Estamos satisfeitíssimos com mais uma edição da Rampa da Falperra», disse.

Como marca distintiva das outras provas do calendário europeu, Ni Amorim aponta às exigências do traçado. «O que se consta junto dos pilotos, é que é talvez do traçado mais exigente que há na Europa, pela sua rapidez e pelo seu traçado, que realmente é um desafio para qualquer piloto nunca muito potente, fazer esta prova e chegar ao fim sem cometer erros e sem ter acidentes».