A seleção portuguesa de andebol conseguiu hoje um importante empate 36-36 na visita à Polónia, que lhe permitiu manter a liderança isolada do Grupo 8 de qualificação para o Europeu2026, decorrida a terceira jornada.
Depois de ter vencido a Roménia, por 37-30, e Israel, por 36-23, ambos os jogos em Santo Tirso, a muito desfalcada formação liderada por Paulo Jorge Pereira esteve quase sempre atrás no marcador, empatando a quatro segundos do fim por António Areia, quando a equipa estava em inferioridade numérica.
A 1.20 minutos do fim Daymaro Salina igualou o encontro, mas, a 45 segundos do termo, o mesmo jogador cometeu falta para livre de sete metros, convertido, e foi excluído: no ataque luso, em inferioridade numérica, António Areia, que no mundial, no jogo com a França que atribuía o terceiro lugar, falhou o empate nos derradeiros segundos, concretizou e evitou a derrota.
Com quatro segundos para tentar o golo, Michał Olejniczak, melhor marcador da partida, com nove tentos, ainda conseguiu avançar sem oposição, contudo o seu remate esbarrou na trave, ao soar do gongo, para frustração das cerca de 9.000 pessoas nas bancadas do ERGO de Gdansk.
Portugal comanda agora com cinco pontos, mais um do que a Polónia, que, no domingo, joga em Odivelas, enquanto Israel tem um e a Roménia continua a zeros.
Os lusos, ainda com a aura do quarto lugar no Campeonato do Mundo, apresentaram-se desfalcados de oito elementos, tendo, mesmo assim, sido competitivos todo o encontro, em casa do 25.º do mundial.
Diogo Rêma, Kiko Costa, Martim Costa, Victor Iturriza, Salvador Salvador, Alexandre Cavalcanti, Fábio Magalhães e Miguel Martins não puderam estar nas opções do técnico, mas a raça, determinação e combatividade dos portugueses ditou um resultado que praticamente coloca Portugal no europeu.
Após um início de jogo muito equilibrado, a liderança dos lusos 9-8 foi contrariada com um parcial de 4-0 (12-9), vantagem que os anfitriões, nesta fase mais consistentes, foram mantendo até ao intervalo (16-14).
Portugal voltou a igualar, aos 17-17, persistiu aos 20-20, mas os polacos, sempre sólidos e regulares, conseguiram uma supremacia que foram mantendo, aproveitando, também, algumas falhas lusitanas na finalização.
Foi então que o guarda-redes Gustavo Capdeville teve duas defesas decisivas nos minutos finais, que permitiram a Portugal aproximar-se até aos tentos de Salina e Areias, que premiaram a atitude da equipa.
Para atingir a sua nona fase final do Europeu, que seria a quarta consecutiva, na prova que será organizada conjuntamente por Suécia, Dinamarca e Noruega, entre 15 de janeiro e 01 de fevereiro de 2026, Portugal precisa ocupar um dos dois primeiros lugares, ou ser um dos quatro melhores terceiros de cada um dos oito grupos.
Jogo na Ergo Arena, em Gdansk.
Polónia – Portugal, 36-36.
Ao intervalo: 16-14.
Sob a arbitragem da dupla Slave Nikolov e Gjorgii Nachevski, da Macedónia do Norte, as equipas alinharam e marcaram:
- Polónia (36): Marcel Jastrzebski (gr), Marek Marciniak (2), Mikolaj Czaplinski (6), Michal Olejniczak (9), Ariel Pietrasik (4), Pawel Paterek (2) e Maciej Gebala (3) – sete inicial. Jogaram ainda, Mateusz Zembrzycki (gr), Bartlomiej Bis, Andrzej Widomski, Jakub Bedzikowski, Mrcel Sroczyk, Mateusz Wojdan, Wiktor Jankowski, Piotr Jedrasczyk (7) e Damian Przytula (3).
Treinador: Michal Skorski.
- Portugal (36): Gustavo Capdeville (gr), Leonel Fernandes, Pedro Portela (5), Rui Silva (4), Gabriel Cavalcanti (5), João Gomes (7) e Luís Frade (2) – sete inicial. Jogaram ainda, Diogo Valério (gr), António Areia (3), Gilberto Duarte (4), Fábio Silva, André Sousa, Daymaro Salina (4), Diogo Branquinho, Joaquim Nazaré (1) e Ricardo Brandão (1).
Treinador: Paulo Pereira.
Assistência: 9.001 espetadores.
