O técnico do SC Braga, Carlos Carvalhal, sublinhou hoje que espera um FC Porto debilitado no jogo de amanhã, às 20h30, a contar para a 25.ª jornada do campeonato da I Liga. O responsável dos arsenalistas não encara a partida como decisiva mas sim «muito importante».
Como encara a receção ao FC Porto, tendo em conta o contexto do jogo?
«Éum jogo importante, sem dúvida, devido ao contexto, já que estamos a três pontos do adversário. Jogamos em casa, contra uma equipa boa, que mudou de treinador e estilo, está em evolução, e acho que ainda não perdeu no campeonato com o novo treinador. Mas estamos confiantes, queremos jogar cara a cara e esgrimir argumentos para vencer, sabendo que vamos defrontar um adversário competente e forte».
De que forma a confiança pode sair reforçada?
«A equipa está confiante. Não foi pelo último resultado [derrota no recinto do Rio Ave, por 2-1] porque sabemos como perdemos. Fizemos um bom jogo, criámos oportunidades e cometemos alguns erros que têm de ser colmatados. Mas estmaos conscientes do que fizemos e confiança não está beliscada».
Já conta com Niakaté e Zalazar ? E o Vítor Carvalho e o Bambu?
«O Bambu está apto. Desde o segundo dia que regressou do hospital, que começou a treinar. O Niakaté e Zalazar têm alta clínica, mas vamos falar com o departamento de performance se podem jogar ou nã para não haver recidivas como já aconteceu nesta época. Só com a luz verde do departamento é que decidiremos se vão a jogo. O Vítor Carvalho já o vi hoje a fazer sprints e na próxima semana já deverá estar apto»-
Espera um FC Porto diferente daquele que encontrou na primeira volta?
«Espero uma equipa boa, que está a ganhar consistência, que mudou de treinador e começa-se a notar o seu dedo. Tem tido semanas limpas para trabalhar e tem bons valores individuais. Não vamos encontrar um FC Porto fraco, bem pelo contrário, mas queremos que o SC Braga esteja forte, que jogue cara a cara, olhos nos olhos, que sinta o ambiente e que seja uma noite ‘à Braga».
O que perde a equipa sem Roger?
Lamento muito a ausência dele, mas sem desculpas, porque nunca lamentei ausências. O Roger traz alegria, atitude e imprevisibilidade. Não está disponível e temos outras opções, que pode passar pelo Gabri Martínez, que traz velocidade e drible, ou pelo Rúben Furtado, mais parecido com o Roger, que tem grande capacidade de último passe e oferece alguma irreverência. Mas pode também passar pelo Sandro Vidigal, um miúdo potente, forte, espontâneo, gosta de fazer golos e pode ser uma mais-valia».
A equipa só marcou dois golos nos últimos quatro jogos. Isso preocupa-o?
«Claro que quando não marcamos ou sofremos golos ficamos preocupados, mas temos jogadores para fazer golos. Temos de criado oportunidades para isso. Em alguns clubes, um jogador pode fazer golo num rasgo individual ou numa aceleração, mas nós não temos esse tipo de jogadores, por isso temos de praticar um jogo associativo, onde envolvemos toda a equipa na procura do golo. Amanhã temos de continuar a fazer o nosso jogo associativo e tentar marcar golos»
Tem falado várias vezes em equipa jovem que comete erros. Essa mensagem não é de desresponsabilizar a equipa?
«Não concordo com isso. Nunca passo essa mensagem . Tenho gente que vem da formação muito bem preparada, que vêm treinar connosco, como o Ruben Furtado, o Sandro Vidigal e o Patrão. São jogadores que estão bem preparados e parecem jogadores que estão connosco desde o início da época»
Hornicek cometeu alguns erros em Vila do Conde. Teve alguma conversa com o guarda-redes?
«Nem sequer foi grande tema. Este tipo de erros são cometidos por todos os guarda-redes do mundo. Num guarda-redes ou num defesa, escorregar pode dar golos por isso são mais notados. No segundo golo é um pouco diferente, porque é uma situação zonal, de agressividade e tem muitos jogadores à frente onde os nossos jogadores deviam ter feito mais. O Hornicek é um grande guarda-redes, tem toda a nossa confiança e tem uma maturidade muito grande. Vai continuar a errar porque todos os guarda-redes erram».
O plantel encara este jogo como uma última oportunidade de lutar pelo 3º lugar?
«O jogo não é decisivo mas sim muito importante. Para as duas equipas. O FC Porto quer aproximar-se das duas da frente e nós poderemos ficar colados à equipa que está imediatamente à nossa frente. Mas a partir deste jogo ficarão a falta 10 partidas».