O selecionador português de hóquei em patins, Paulo Freitas, assumiu este sábado a ambição de conquistar o Mundial, que vai ser disputado entre segunda-feira e sábado, em Itália, apesar de retirar o favoritismo à formação lusa.
“Mais do que desejar, sentimos que temos condições para [conquistar o título]. É evidente que sonhar é sempre bom, nunca se deve desistir de sonhar, mas este é um sonhar muito sustentado, porque é um sonhar sustentado em qualidade e em todos os outros pergaminhos”, defendeu o selecionador Paulo Freitas, em entrevista à agência Lusa.
Portugal soma 16 títulos mundiais na modalidade, o último dos quais conquistado em 2019, e está a um da recordista Espanha, enquanto a Argentina, atual detentora do cetro, tem seis. Com o grupo que criou, Paulo Freitas foi claro ao assumir que as expectativas “são as melhores” em função também da “ambição” e do “ADN que cada um transporta a este nível de alto rendimento”.
Paulo Freitas reconhece que Portugal apresenta-se como candidato ao título, numa competição em que começa por defrontar, no Grupo A, Estados Unidos, na segunda-feira, Angola, na terça, e a campeã Argentina, na quarta. “Candidatos sim e, se calhar, com a premissa de podermos contrariar um favoritismo que algumas seleções eventualmente apresentam”, afirmou Paulo Freitas, reiterando Portugal alinhar “não como favorito”.
O selecionador comanda pela primeira vez Portugal num Mundial, considerando a sua seleção “muito comprometida, determinada, focada e disponível para trabalhar e para evoluir”. “Eles percebem que este não é mais um, este é o título que nós queremos e, portanto, nós estamos a definir isto desta forma: este é o título mais importante das nossas vidas e é, apenas e tão só, porque é o próximo e é desta forma que temos de nos focar sempre a este nível de rendimento”, acrescentou.
O capitão João Rodrigues viaja para o seu quinto Mundial e adiantou à Lusa que a equipa “está bem e motivada” com o objetivo de “representar da melhor maneira possível” Portugal, conscientes da responsabilidade. “O que a experiência nos dá nestas grandes competições é que nada se ganha no primeiro dia e nada se perde no primeiro dia. Temos de ir construindo a nossa caminhada desde o primeiro dia”, disse o avançado, que esta época regressou ao Benfica, após seis temporadas no FC Barcelona.
Nesse sentido, considerou que “tentar ficar em primeiro do grupo” seria “importante, mas não é decisivo” e se não conseguirem irão “lutar depois nos quartos de final com quem quer que seja” e para isso têm de “ser muito inteligentes” na competição. “Temos de sair é com consciência tranquila, independentemente do resultado que consigamos no final do dia 22 de setembro”, assumiu.
O também avançado do FC Porto Gonçalo Alves reconheceu que o grupo está com “o ânimo muito alto” e em mente só está a seleção portuguesa. “[O ânimo] É muito bom, conhecemo-nos há muito tempo, tentamos criar aqui um grupo muito bom, um grupo unido, com o pessoal novo que veio este ano, tentar que se integre o mais rápido possível e acho que temos vindo a fazer uma boa família para juntos estarmos dentro de campo e fora de campo da melhor maneira”, defendeu.
Portugal deverá qualificar-se com facilidade para os ‘quartos’, fase à qual chegam os três primeiros dos Grupos A e B de um torneio que compreende dois escalões inferiores: Intercontinental, com a presença do Brasil, e Challengers, no qual está incluído Moçambique.