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Jogadoras querem seleção feminina de andebol “a fazer história”

Jogadoras querem seleção feminina de andebol “a fazer história”
Fotografia FPA

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 28 de fevereiro de 2024, às 12:08

As jogadoras da seleção portuguesa feminina de andebol garantiram vontade de “fazer história”.

As jogadoras da seleção portuguesa feminina de andebol garantiram vontade de “fazer história” e qualificar Portugal para o Campeonato da Europa da modalidade, que se disputa este ano.

A equipa das 'quinas' não marca presença na fase final da competição desde 2008, e agora tem uma dupla jornada frente à Finlândia, em que a vitória é o único resultado que interessa para manter viva a ambição de qualificação. “O grupo está consciente que pode fazer história e mudar o rumo dos acontecimentos. Claro que sentimos a pressão e responsabilidade de vencer estes jogos, mas temos de saber lidar com ela para alcançar algo que vai ajudar a seleção, mas também o andebol português”, disse Mihaela Minciuna, à Lusa.

A central, de 24 anos, que joga no Benfica, considerou que a união do grupo é um dos principais trunfos para encarar esta qualificação para o Euro. “Estou na seleção há três anos e fui muito bem recebida. Quando chegam novas atletas, tento fazer o mesmo, incutindo um ambiente de recetividade e união de grupo, o que ajuda no crescimento. Termos uma boa relação durante o tempo em que estamos juntas facilita o trabalho dentro do campo”, disse Mihaela Minciuna.

A ideia é partilhada por Patrícia Rodrigues, lateral de 26 anos, que detalhou os argumentos que Portugal precisa de ter para superar estes dois embates com a Finlândia. “Sabemos que temos de ser muito unidas e começar bem o jogo, pois isso pode fazer a diferença. Temos de ter atenção para não cometermos falhas técnicas e trabalhar bem a transição rápida. Isso pode dar-nos uma boa vantagem”, disse a jogadora que alinha no Madeira SAD.

Patrícia Rodrigues reconheceu que os períodos de concentração na seleção “são curtos” para afinar todas as estratégias, salientando, por isso, o trabalho trazido dos clubes. “Se estivermos bem nos aspetos físicos e táticos no clube, isso vai refletir-se na nossa prestação na seleção. Tem havido uma melhoria clara na qualidade do campeonato nacional, com mais equipas a lutarem pelo título, e isso também é benéfico para a evolução da nossa seleção", frisou.

Tanto Patrícia como Mihaela reconhecem um crescimento da atenção mediática sobre a modalidade, também impulsionada pelos feitos da seleção masculina, mas apontando que as condições de trabalho ainda não são as mesmas, e veem como grande benefício o facto de se estar a cativar mais jovens para a modalidade. “É preciso encher os pavilhões e trazer mais gente para o andebol, para que mais jovens tenham vontade de praticar. Isso dará, certamente, frutos num futuro próximo”, concordaram.

Portugal, que integra o Grupo 3 desta qualificação para o Euro2024, perdeu os dois primeiros jogos da 'poule', frente a Países Baixos e República Checa, e precisa agora de vencer os desafios desta dupla jornada frente às nórdicas, que disputa esta quinta-feira, na Finlândia, e a 3 de março, em Matosinhos.