Os números e as estatísticas não explicam tudo mas servem, muitas vezes, para “justificar” a realidade. E a do SC Braga, em termos de golos sofridos, é medíocre na presente temporada. Na quinta-feira, no Azerbaijão, ante o Qarabağ FK, os minhotos sofreram dois golos – ambos quando estavam em superioridade numérica –, elevando para 60 o número de golos encaixados em 2023/2024. Um registo que só encontra paralelo em 1969/70 (63 golos em 33 jogos) e 2019/20 (64 mas em todas as partidas – 54 – disputadas).
Os guerreiros do Minho sofrem, em média, 1,5 golos/jogo em 2023/2024, um registo que explica, em parte, alguns dos maus resultados acumulados. Não é preciso recuar muito para encontrar uma temporada com mais golos sofridos (2019/2020) mas, nessa época, os minhotos encaixaram 64 golos nas 54 partidas disputadas. Se olharmos, apenas, para a média de golos sofridos por jogo, a atual não está no top-10 mas consta do top-15, um registo que, certamente, preocupa o técnico dos guerreiros do Minho que, após o embate com a turma azeri, voltou a lançar algumas críticas à equipa que, nas últimas cinco partidas, encaixou 12 golos. «Acabámos por cometer, uma vez mais, erros que, a este nível, são impossíveis de lutar contra. Não há treinador algum que consiga ficar satisfeito depois de ver isto e depois de sofrer com isto. Não podemos, em momento algum, sofrer golos como os que sofremos e o segundo golo do adversário é mau demais para o comportamento de uma equipa que se quer a jogar a top e a jogar para outros objetivos. É difícil de explicar quando assim é. Não podemos dar dois golos ao adversário», destacou Artur Jorge.