O SC Braga sofreu, no Estádio da Luz, diante do Benfica, três golos, um registo negativo que apenas tinha sido atingido em mais três partidas (derrotas com Real Madrid e Farense e emate com Gil Vicente, todos extramuros). Nas últimas 10 partidas, os guerreiros do Minho sofreram sempre golos e alguns, como foi o caso dos sofridos diante dos campeões nacionais, causaram “mossa” (os minhotos foram eliminados da Taça de Portugal). Segue--se o jogo fora, com o FC Porto, que tem o sétimo melhor ataque da I Liga (23 golos), num ranking que é liderado pelo SC Braga (40). Na presente temporada, o SC Braga sofreu um máximo de três golos num jogo – aconteceu em quatro ocasiões – mas, se olharmos para as 31 partidas já disputadas, verifica-se que a turma bracarense sofreu dois ou mais golos em 12 delas, sendo que, nas últimas 10, sofreu sempre, um registo negativo que, claro, preocupa o técnico Artur Jorge e toda a estrutura minhota.
A ausência de Niakaté ajuda a explicar os golos sofridos, por exemplo, na partida com o conjunto lisboeta, mas seria muito redutor olhar apenas para esse fator: o maliano e Serdar fizeram dupla no empate a três com Gil Vicente em Barcelos (I Liga), Niakaté alinhou ao lado de José Fonte no desaire em Madrid (3-0, Liga dos Campeões). Diante de Benfica alinharam Serdar e Paulo Oliveira e, na derrota em Faro, por 3-1, relativa ao campeonato, a dupla utilizada foi José Fonte e Paulo Oliveira.
Como será no Dragão? Musrati de volta?
Amanhã, no Estádio do Dragão, contra o FC Porto que tem Evanilson em grande momento – o brasileiro soma 14 golos (é responsável por 27,4% dos golos da turma portista) e tem uma contribuição de 64% na produção ofensiva do atual terceiro classificado da I Liga –, Artur Jorge deverá apostar novamente em Serdar, mas é provável que José Fonte seja chamado ao onze. No miolo poderá reaparecer Al Musrati, embora o líbio esteja, ainda, longe da condição ideal, dado que não joga desde 12 de dezembro último, dia em que o SC Braga perdeu no Estádio Diego Armando Maradona, com o Nápoles, por duas bolas a zero. No ataque, Álvaro Djaló vai voltar à titularidade (Rony Lopes saltará do onze) e Bruma poderá, também, voltar a jogar de início, embora esta mudança seja mais improvável, porque Zalazar tem atuado na posição 10, com João Moutinho e Vítor Carvalho logo atrás, tendo as alas sido entregues, no jogo com o Benfica, a Ricardo Horta e Rony Lopes (Abel Ruiz jogou no eixo).