Contas simples, em caso de vitória o SC Braga garante hoje o terceiro lugar da fase de grupos da Liga dos Campeões, mantém-se na Europa do futebol e ainda acalenta a esperança de confirmar uma vaga nos oitavos de final da prova na derradeira jornada (12 de dezembro). Depois do triunfo épico na Alemanha, os arsenalistas querem obviamente somar mais três pontos, agora na Pedreira (20h00), frente a um Union Berlim que não ganha há mais de três meses. Artur Jorge não vai em facilitismos e, na antevisão ao encontro, apelou a uma «grande determinação» dos jogadores para garantir já a Liga Europa.
«Espero um jogo difícil, a diferença é mínima num grupo de quatro equipas, o Union Berlim tem um ponto, nós três. Podíamos ter somado mais pontos noutros jogos. Apelo a uma grande determinação dos meus jogadores para ganhar e continuarmos nas competições europeias para, depois, podermos ter uma final em Nápoles para lutar pelo objetivo ‘Champions’. O fator determinante será a abordagem da equipa ao jogo, teremos de ser muito competitivos e muito centrados para vencer o jogo», indicou o treinador dos arsenalistas. «Não caio no erro de pensar que o jogo está feito. Nós estamos no top-4 da nossa Liga e amanhã [hoje] temos um jogo que será decisivo para as duas equipas. Vem de uma série de resultados negativos, mas empatou em Nápoles com a equipa italiana a empatar na parte final, e empatou o último jogo do campeonato, pode ser um sinal de retoma. Olho para o Union Berlim como o fiz no primeiro jogo e no sorteio, é uma equipa de qualidade, com belíssimos jogadores, a mudança da equipa técnica pode trazer uma melhoria emocionalmente, porque alguém vem agitar. Temos de estar atentos e fazer tudo ao nosso alcance para vencer», juntou o técnico do SC Braga, comentando o facto de os alemães terem trocado recentemente de treinador.
«É um dos fatores que nos causa mais dúvidas para amanhã [hoje]. Havia uma relação muito forte com o antigo treinador, uma identidade muito vincada e terem mudado de treinador a três dias do jogo faz com que tivéssemos que recorrer ao seu passado e à última temporada na Liga turca [Trabzonspor]. Não sabemos se é o grupo que se adapta ao treinador ou o treinador ao grupo. Temos de estar preparados e passámos essa mensagem aos jogadores, que pode haver uma ‘nuance’ ou até mudança na estrutura». O jogo na Alemanha foi memorável para muitos bracarenses – o golo de Castro nos descontos deu o triunfo ao SC Braga por 3-2 – mas até esse episódio de sucesso a equipa minhota passou por dificuldades, bastando recordar que esteve a perder por 2-0. «Esse jogo [em Berlim] terá de servir de inspiração em termos de atitude competitiva da equipa e como motivo de ânimo de que somos capazes se acreditarmos do primeiro ao último minuto. Foi um jogo e uma exibição que está bem presente na memória de cada um de nós e que fica na nossa história. Agora teremos um jogo diferente. Há muito a tendência de analisar as exibições pelos resultados. Nesse jogo, estávamos a perder por 2-1 ao intervalo, cometemos alguns erros individuais e setoriais que nos penalizaram. Não foi uma primeira parte tão má, nem uma segunda fantástica. Tivemos equilíbrio e melhores momentos na segunda parte», lembrou.