O Estádio do Dragão, casa do FC Porto, voltou esta sexta-feira a ser palco, pouco mais de um ano e meio depois, de uma qualificação da seleção portuguesa de futebol para uma fase final, desta vez do Euro2024.
Um triunfo sobre a Eslováquia por 3-2, selado com tentos de Gonçalo Ramos (um) e Cristiano Ronaldo (dois, um de penálti), valeu à formação das ‘quinas’ um lugar na fase final do Campeonato da Europa, que falhou a última vez em 1992. O Dragão voltou, assim, a ser ‘talismã’, depois de, a 29 de março de 2022, ter ‘empurrado’ o conjunto ainda liderado por Fernando Santos para o Mundial do Qatar. Um ‘bis’ de Bruno Fernandes, que faturou aos 32 e 65 minutos, valeu uma vitória por 2-0 face à Macedónia do Norte, na final do caminho C dos ‘play-offs’ europeus.
Esta não tinha sido, porém, a estreia do Dragão em apuramentos, já que, em 21 de novembro de 2007, também tinha sido na casa dos ‘azuis e brancos’ que Portugal se qualificou para a fase final do Europeu de 2008. Então, na 14.º e última jornada do Grupo A de qualificação para o Europeu de 2008, bastou um ‘nulo’ perante a ‘frágil’ Finlândia, num jogo marcado pela estreia do agora veteraníssimo Pepe como internacional luso.
Com três apuramentos selados, o Estádio do Dragão é o terceiro palco com mais do que uma qualificação, juntamente com o antigo e o novo Estádio da Luz, em Lisboa. Na nova casa do Benfica, Portugal qualificou-se para o Europeu de 2012 e o Mundial de 2018, depois de a antiga ter sido o local em que se garantiram os apuramentos para os Europeus de 1984, 1996 e 2000 e o Mundial de 2002.
Em solo luso, Portugal também já se qualificou no Estádio Municipal de Aveiro, para o Mundial de 2006, e no de Braga, para o Europeu de 2016, depois de o Estádio das Antas, a antiga casa do FC Porto, ter sido o palco do primeiro apuramento de sempre da seleção lusa para uma grande competição.
Como em 2007, face aos finlandeses, também em 31 de outubro de 1965 Portugal só precisava de empatar com a Checoslováquia para selar um lugar no Mundial de 1966, mas então em encontro da quinta e penúltima jornada do Grupo 4. Com o guarda-redes ‘leonino’ Carvalho na baliza, em estreia, Portugal logrou segurar o ‘nulo’ até final e qualificar-se pela primeira vez para um Mundial, onde encantaria na estreia, com um terceiro lugar que jamais repetiu, nas ‘asas’ do ‘rei’ Eusébio (nove golos).
Os restantes apuramentos lusos aconteceram no estrangeiro, mais precisamente em Estugarda, na Alemanha (Mundial de 2006), em Zenica, na Bósnia-Herzegovina (Mundial de 2010), em Solna, na Suécia (Mundial de 2014) e no Luxemburgo (Euro2020).