O ”caso Ricardo Horta” fez correr muita tinta – e promete continuar a correr – e, esta sexta-feira, o Diário Sur, de Málaga, revelou que a FIFA deu razão ao Málaga no diferendo com o SC Braga relativamente à alegada recusa dos arsenalistas à proposta do Benfica por Ricardo Horta, no verão de 2022, e condenou os minhotos a indemnizar os espanhóis em 12,3 milhões de euros (11,725 milhões de euros, acrescidos de 5% de juros).
A notícia refere, ainda, que o organismo supremo do futebol internacional considerou ter ficado provado que o SC Braga recebeu – e recusou – uma oferta de 17 milhões de euros do Benfica.
O Málaga, recorde-se, tinha avançado, já no decorrer deste ano, com uma queixa para a FIFA, alegando quebra de acordo por parte do SC Braga: segundo os dirigentes espanhóis, os guerreiros do Minho não respeitaram um alegado compromisso estabelecido entre as partes – em 2017 – que obrigaria o clube português a aceitar uma transferência acima de um valor acordado. Em caso de recusa, o clube espanhol tinha direito a ser indemnizado. O valor total da indemnização, caso seja pago, será divido em partes semelhantes entre o Málaga (cerca de seis milhões de euros) e um fundo de investimento.
SC Braga espera reversão da decisão no TAS (da Suíça)
O SC Braga confirmou, entretanto, que foi notificado da decisão da FIFA, da qual discorda «totalmente», sublinhou fonte da SAD minhota, tendo avançado que o clube minhoto nem sequer foi informado dos fundamentos da mesma, «uma vez que a FIFA notificou a decisão sem qualquer fundamento anexado».
Agora, o SC Braga vai «requerer esses fundamentos» e preparar recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), na Suíça, sendo que os guerreiros do Minho esperam que, aí, a decisão seja «revertida» e «reposta a justiça».
Refira-se, ainda, que, após a notificação dos fundamentos da decisão, o SC Braga terá 21 dias para apresentar recurso da mesma.