Os primeiros dias da maior competição mundial de dança não poderiam ter começado de melhor maneira para os bailarinos portugueses. Portugal soma no pódio, duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Martim Amorim e Guilherme Fernandes conquistaram o primeiro ouro para Portugal. Os dois bailarinos arrecadaram, duas medalhas de ouro nas categorias children solo ballet e children solo lyrical, respetivamente. Clara Azevedo e Tiago Vidal trouxeram a prata, na categoria mini solo lyrical and contemporany, feminino e masculino. Também Rómulo Soares conquistou a medalha de bronze, na categoria children solo ballet repertoire.
Clara, Martim e Guilherme de 7, 10 e 14 anos, representam a academia da Póvoa de Varzim, AM Dance Studio. Um projeto que, apesar de só ter quatro anos de existência, foi distinguida no ano passado, como a escola mais medalhada a nível nacional. Para Ana Marques, diretora técnica e artística da academia, professora de dança e também mãe do campeão Martim, a ambição é de levar o nome da cidade e do país, cada vez mais longe. Atualmente contam com 140 alunos na academia, do escalão mini ao senior, dos quais 50 estão em competição no Dance World Cup. A professora refere que “isto é um estilo de vida, não pode ser encarado só como um divertimento, esta fase da competição exige sempre um crescimento mais rápido, porque as crianças acabam o ano letivo e passam para uma rotina de muito trabalho para chegarem aqui”.
Sobre a passagem por este evento mundial retira-se a “experiência, a aprendizagem, aqui não há o perder, pois o contacto com os outros países, com as outras culturas, permite-nos sempre retirar alguma conquista e mostrar ainda que Portugal tem muito para dar”, refere a professora.
Martim Amorim, 10 anos, renova o título de campeão mundial, pela segunda vez consecutiva. Na edição do ano passado do Dance World Cup, em San Sebastian, Espanha, conquistou duas medalhas de ouro e uma de prata. Este ano, a história está a repetir-se. Ia ouvindo os nomes do pódio “chamaram o terceiro e não fui eu, depois o segundo lugar e também não fui eu, comecei a tremer e depois sim ouvi o meu nome”, fala eufórico sobre esta conquista.
Sobre a exigência que lhe é pedida para estas provas e o conciliar com a escola, o bailarino de 10 anos relativiza a situação “a minha professora sabe e entende este meu outro lado, o que me permite adaptar as aulas e os testes conforme as provas em que participo”, remata dizendo que não é uma questão complicada.
Já Rómulo Soares, 12 anos, é de Braga e está a viver a oportunidade dos seus sonhos. Depois de participar em Tampa, na Florida, Estados Unidos, na final da Youth American Grand Prix, uma das maiores competições internacionais para jovens dançarinos, foi comtemplado com uma bolsa de estudos para aBerlin State Ballet School, na Alemanha. Aluno da Ent’Artes – Escola de Dança, Rómulo conquistou, nesta edição do Dance World Cup 2023, a sua primeira medalha de bronze.
Tiago Vidal, 8 anos, é bailarino na escola Gimnoarte, na Póvoa de Varzim e conquistou também a sua primeira medalha de prata desta edição. A Gimnoarte é uma marca no Ballet, no Neo-Clássico, na Dança Contemporânea, Dança Jazz, Show Dance e Acrodance.
Até ao momento desta competição, Inglaterra assume a liderança com 31 medalhas, seguindo-se a Espanha e Alemanha com 6 e em terceiro lugar, também a dividir os primeiros lugares do pódio, Portugal e Escócia com 5 medalhas.
A final do Dance World Cup reúne, num só evento, as modalidades do ballet clássico, contemporâneo, hip-hop, street dance, acro dance, jazz, sapateado, comercial, folclore nacional e as danças de salão, com premiação dos atletas e academias depois de cada sessão. A celebração da quarta Arte terá lugar até ao próximo sábado, dia 8 de julho, com masterclasses, apresentações, grandes finais e galas.
O público poderá adquirir bilhetes para assistir às competições através do https://www.tickettailor.com/events/danceworldcup/, bilhetes válidos para as salas do Altice Forum Braga e Theatro Circo