Max Verstappen venceu este domingo o Grande Prémio do Mónaco. O neerlandês escapou a alguns toques nos muros quando a chuva chegou para vencer a sexta prova do campeonato de Fórmula 1 de 2023 e alargar a vantagem no Mundial de pilotos. Fernando Alonso e Esteban Ocon completaram o pódio da mítica corrida nas ruas do Principado.
Como sempre no Mónaco, a vitória do piloto da Red Bull começou a construir-se no sábado, durante a qualificação, na qual superou Fernando Alonso no último setor da volta, puxando o carro até ao limite – e tocando bem forte no muro da reta da meta, já no fim da volta, como se nada fosse.
Mas o bicampeão do mundo também não falhou no arranque da corrida no Principado, nem nas 56 voltas que se seguiram, nas quais manteve os mesmos pneus médios enquanto forçava uma margem segura para Fernando Alonso, piloto da Aston Martin. Tal foi o ritmo que, na volta 25, a liderança de Verstappen já era de quase 12 segundos, sendo apenas ligeiramente reduzida quando, poucas voltas depois, Max começou a encontrar os pilotos da cauda do pelotão em pista.
Quando a chuva começou a aparecer na pista – não em toda a pista ao mesmo tempo, crucialmente –, Verstappen foi obrigado a mais ginástica para manter a liderança e o Red Bull em pista, já que as condições do circuito começaram a alterar-se e a ficar mais escorregadias. O líder do campeonato chegou ainda a encostar as rodas do carro às barreiras metálicas, mas sempre sem danos nem consequências.
A chuva, que prometia ser a melhor oportunidade de Fernando Alonso superar Verstappen, acabou por ser o que criou mais diferença entre os dois. O problema foi a opção da Aston Martin, aceite pelo piloto nas comunicações por rádio, de, quando a chuva ainda não era forte, trazer o espanhol às boxes para montar pneus médios, não esperando que as condições se deteriorassem tão rápido. Na volta seguinte, Alonso teve que ir novamente às boxes, para montar os pneus intermédios, mais seguros e adequados a um piso levemente molhado, mas tinha margem suficiente para permanecer no segundo lugar.
Esteban Ocon e Carlos Sainz protagonizaram o duelo mais disputado do Grande Prémio, que incluiu um toque do Ferrari no Alpine na volta 11, numa tentativa de ultrapassagem que, ao correr errado, arriscou apimentar a corrida – principalmente quando Alonso achou que tinha passado por cima de parte da asa dianteira do Ferrari. Mas tudo permaneceu igual.
O francês da Alpine apostou totalmente na tática típica do Mónaco: andar devagar o suficiente para reter os pilotos atrás de si e poupar os pneus. O que resultou, ao contrário das tentativas da Ferrari para provocar uma ida às boxes, já que acabou no último lugar pódio depois de resistir a um segundo ataque de Sainz, já com chuva à mistura.
O que a água da chuva levou do Mónaco foi o resultado minimamente aceitável que a Ferrari estava a conseguir, depois de Charles Leclerc se qualificar em terceiro mas ser penalizado e arrancar de sexto. A equipa italiana deixou a troca para pneus intermédios para demasiado tarde depois da chuva chegar e acabou com os dois pilotos ultrapassados pela dupla da Mercedes – enquanto o monegasco se manteve em sexto, Sainz caiu para oitavo depois de uma breve saída de pista o colocar atrás do colega de equipa e de os dois carros seguirem juntos para as boxes, obrigando Sainz a aguardar mais segundos para ter pneus adequados.
Os Mercedes terminaram em quarto e quinto lugar, com Hamilton a liderar o colega de equipa, Russell, que foi penalizado com cinco segundos por voltar à pista de forma insegura após escorregar na chuva – de forma tão insegura que o encontro com o Red Bull de Pérez, que se passeava pelos lugares não pontuáveis, foi inevitável, provocando um breve salto do monolugar alemão. A penalização não foi suficiente para atirar George Russell para trás de Leclerc.
Gasly, piloto da Alpine, terminou a corrida na frente de Sainz, em sétimo lugar, após uma corrida sem grande história, enquanto Lando Norris e Oscar Piastri, ambos da McLaren, completaram os lugares pontuáveis após ultrapassar o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda, queixoso de problemas com os travões.
Verstappen aumentou a liderança na tabela do campeonato para 39 pontos sobre Sergio Pérez, cuja corrida miserável o levou ao 16.º lugar, com cinco idas às boxes depois de arrancar de último – culpa do encontro violento com as barreiras na qualificação de sábado.
O Mundial de Fórmula 1 prossegue no próximo fim-de-semana, com o Grande Prémio de Espanha, disputado no Circuit de Barcelona-Catalunya, nos arredores de Barcelona.