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Braga ganha mais com selo do carro que sete câmaras com todos os impostos

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Publicado em 19 de janeiro de 2023, às 12:18

As Câmaras Municipais do Baixo Minho cobraram 188 milhões de euros de impostos sobre as famílias e empresas.

A receita arrecadada pelo Câmara Municipal de Braga com o Imposto Único de Circulação ultrapassa a receita total conseguida por metade das 14 autarquias do distrito de Braga com todos os impostos municipais. A diferença é de 4,5 vezes na comparação com o Município de Terras de Bouro, revela os dados publicados pela Direção-Geral das Autarquias Locais. Os números são relativos ao ano de 2021 e fazem saber que o forte crescimento dos negócios imobiliários geraram receitas acrescidas de quase 11 milhões de euros aos quatro municípios de grande dimensão. Qualquer coisa como 5 201 375 euros. Foi quanto a Câmara Municipal de Braga arrecadou em 2021 com a cobrança do Imposto Único de Circulação. O denominado “selo do carro” gerou maias 293 242 euros de receita que os 4 908 132 euros que garantiram em 2020 aos cofres do Município de Braga. A receita que este imposto gerou em 2021 é muito superior à receita arrecadada com a cobrança dos quatro principais impostos municipais – Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), Imposto Único de Circulação (IUC), Imposto sobre Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) e Derrama - em metade das 14 Câmaras Municipais do distrito de Braga. O relatório da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) faz saber que o “selo do carro” rendeu à autarquia bracarense mais 4,5 vezes a receita total arrecada pela Câmara Municipal de Terras de Bouro com o IMI, IUC, IMT e Derrama. Os cofres municipais terrabourenses arrecadaram, em 2021, um milhão 152 223 euros com os quatro impostos, que renderam 3 096 417 euros à Câmarade Amares, 1,85 milhões de euros à autarquia de Cabeceiras de Basto, 3,69 milhões de euros à Câmara de Celorico de Basto, 4,05 milhões ao Município da Póvoa de Lanhoso, 1,91 milhões à autarquia de Vieira do Minho e 4,35 milhões de euros à Câmara de Vizela.  

Setor imobiliário deu mais receitas

O relatório sobre as receitas líquidas cobradas em 2021 pelos 308 municípios portugueses fazem saber que as famílias e as empresas pagaram mais der 180 milhões de euros às 14 Câmaras Municipais do distrito de Braga, só por conta do IMI, IUC, IMT e Derrama. A “fatia de leão” foi arrecada pela Câmara Municipal de Braga, que encaixou 53 943 408 euros. O Imposto Municipal sobre Imóveis, que garantiu uma receita de 24 600 937 euros. Face ao ano anterior, a receita do IMI teve uma quebra de 249 239 euros (menos 0,99%). No lado oposto esteve a evolução da receita por conta da Imposto sobre Transmissão Onerosa de Imóveis. Fruto da forte subida dos negócios imobiliários, a Câmara Municipal de Braga encaixou 17 193 824 euros com a compra e venda de edifícios e terrenos. Foram mais 3 773 436 euros que os 13 420 388 euros faturados no ano anterior, valor que traduz uma subida de 28%. Em sentido contrário foi a receita da Derrama Municipal, que contraiu menos 4,9% face a 2020. Em 2021, os cofres da autarquia bracarense receberam 6 947 272 euros em sede da taxa aplicável ao lucro das empresas com faturação acima dos 150 mil euros. No ano anterior, e segundo os números da Direção-Geral das Autarquias, o Município de Braga faturou 7 304 520 euros.
Autor: Joaquim Martins Fernandes