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Jornadas reforçam centralidade da cerâmica para a identidade portuguesa

Fotografia Avelino Lima

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 30 de outubro de 2025, às 15:21

"Nortear a Cerâmica" decorre hoje e amanhã no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa.

O papel central da cerâmica para a identidade portuguesa foi realçado hoje, na 1.ª edição das Jornadas “Nortear a Cerâmica”, que junta até amanhã, no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, especialistas, professores, investigadores e diretores de museus numa reflexão e partilha de experiências tendo este material como ponto de encontro nas suas múltiplas abordagens.


Na sessão de abertura, Alexandre Nobre Pais, presidente do Conselho de Administração da Museus e Monumentos de Portugal,  destacou a importância de, «mais do que resgatar o passado, refletir sobre a identidade, materialidade e memória». «A cerâmica é central para a identidade portuguesa, é um património revelador de modos de vida, crenças e relações sociais», disse, enaltecendo o trabalho que os museus têm desenvolvido no que respeita a promoção do diálogo com as comunidades e os produtores de cerâmica.


Já Isabel Fernandes, investigadora do Lab2PT e elemento da comissão organizadora das jornadas, salientou os objetivos desta iniciativa que se inicia em Braga, desde logo o de «unir esforços em torno da cerâmica, partilhar conhecimentos, aprender com os outros, partilhar resultados, estudar e divulgar acervos cerâmicos». «Isto significa nortear a cerâmica portuguesa onde quer que esteja, seja aquela encontrada num contexto de escavação arqueológica ou num pergaminho, numa fotografia. Significa conhecer a cerâmica através dos acervos dos museus ou do estudo das pastas recorrendo a tecnologia de ponta. Significa apostar na formação profissional ou académica no âmbito da cerâmica», disse.