António Lima, candidato a presidente da Câmara Municipal de Braga pelo Bloco de Esquerda (BE) animou o debate Diário do Minho/DMTV, com muitas tiradas. No ouvido ficou a expressão «parquinhos industriais» ao responder sobre o tema dos parques industriais de Braga, que estão esgotados e muitos deles degradados.
Também por isso, António Lima defende a criação de parques industriais intermunicipais, com bons acessos. «Eu considero que Braga não tem parques industriais, tem parquinhos industriais. Os parquinhos são um autêntico anel de fogo que cerca a cidade e que não faz sentido nenhum. Ou seja, criam problemas aos residentes, aos habitantes, porque passam os caminhões, há ruído e é preciso haver transporte para todos os lados. Agora, eu penso que parque industrial digno desse nome deveria ser discutido num âmbito mais alargado do que propriamente no concelho de Braga. Eventualmente a nível intermunicipal», com transportes públicos adequados para transportar os trabalhadores.
Quanto às empresas municipais, António Lima é também muito crítico. «O problema principal é que as empresas municipais são uma falácia. Não são verdadeiras empresas. Foi um artifício para as autarquias gerirem os orçamentos de uma forma, enfim, mais disfarçada. A única coisa têm administrações, mas depois vamos ver quem são os administradores», apontou.
No que toca ao tema da educação, António Lima defende o aumento das creches, procurando intervenção dos presidentes de Junta.
Para deslocação, o candidato do Bloco de Esquerda é favorável à criação de «corredores seguros» para que os estudantes possam deslocar às escolas a pé com outros meios de mobilidade suave e de transporte coletivo.
O candidato de esquerda aponta ainda à finalização do programa de reabilitação das escolas.
António Lima chamou atenção para o pavilhão que devia ser para a Gulbenkian continua sem pavilhão. O BE questionou ainda as burocracias que fazem com que obras de manutenção nas escolas sejam sucessivamente adiadas. «As obras de manutenção nas escolas têm que ter resposta imediata. Ou seja, esta coisa que disseram aqui, que há uma escola que chove lá dentro, não pode esperar tanto tempo».
Sobre a habitação, o candidato recorda que é um direito constitucional, que deve ser garantido pelo Estado e pelas autarquias locais.