O cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) pelo círculo de Braga, Bruno Maia, alertou ontem para o duplo drama que vivem as vítimas de violência doméstica que são obrigadas a fugir de casa, mas que depois não têm acesso a habitação. «É trágico que uma mulher vítima de violência, bem como os seus filhos, tenham ainda que ser sujeitos a esta violência acrescida», disse Bruno Maia.
O candidato bloquista, que analisou o problema numa reunião com a Cáritas Arquidiocese de Braga, vincou que «uma das dificuldades com que as vítimas de violência doméstica se deparam no seu processo de superação é o problema da habitação, visto que não há casas a preços que consigam pagar nem uma rede pública capaz de lhes dar resposta». «Defendemos que as mulheres vítimas de violência doméstica e os seus filhos devem ter prioridade na atribuição de habitação pública e a custos controlados, no caso de terem de abandonar a moradia familiar», acrescentando que, no entender do BE, «é o agressor e não a vítima» que tem que abandonar a casa de família.
