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Bloco de Esquerda apresentou proposta para valorizar médicos e Serviço de Saúde

Fotografia DR

Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2024, às 09:32

Medida apresentada à Federação Nacional de Médicos prevê regime de exclusividade para 60% dos médicos do SNS.

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) pelo círculo eleitoral de Braga, Bruno Maia, defendeu a aplicação de um plano de um plano de valorização do Serviço Nacional de Saúde, que aponta para a atribuição do regime de exclusividade a 60 por cento dos médicos do SNS. A proposta, que prevê um aumento de 40 por cento na remuneração dos médicos que aceitarem a exclusividade, aponta para um aumento de 500 milhões de euros com ordenados, que pode ser compensado com uma «redução mínima» de 100 milhões de euros na contratação de tarefeiras e de mais 300 milhões de euros com o pagamento de horas extraordinárias.

A proposta foi apresentada por Bruno Maia numa reunião com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), realizada no Porto, e na qual também tomou a eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias. «O Bloco reafirmou o seu compromisso com uma revisão da carreira dos médicos que implique valorização salarial, reconhecimento das atividades letivas e de investigação. Foi também reconhecido, de parte a parte, que a proposta de dedicação plena aprovada pelo governo cessante coloca em causa direitos fundamentais dos médicos, como o descanso compensatório e não é suficiente para fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde ou atrair os que já saíram do SNS», disse, em comunicado, a candidatura do BE por Braga. O documento acrescenta que «o Bloco e a FNAM têm projetos de dedicação exclusiva para os médicos, com majoração do salário e respeito pelo direito ao descanso e à vida privada dos médicos».

«O Bloco apresentou as contas para um plano de implementação da exclusividade para 60% dos médicos do SNS, com majoração salarial de 40%, com um custo estimado de 500 milhões de euros. Este investimento permitiria reduzir, ou até eliminar, os gastos que o SNS atualmente tem, com a contratação de tarefeiros, mais de 100 milhões de euros, e com horas extraordinárias, atualmente de 300 milhões de euros por ano», refere o comunicado.