Os Bombeiros Sapadores de Braga receberam ontem 150 novos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), estando agora, mais capacitados para desempenharem as suas missões, com maior segurança. Na entrega dos equipamentos estiveram o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, e o vereador da Proteção Civil, Altino Bessa, que garantiram também que as promoções na carreira vão avançar, o que não acontece há 17 anos. Durante a cerimónia, os elementos da Companhia de Sapadores de Braga compareceram já equipados, com fatos de «alta visibilidade», multicamadas, capazes de suportar uma temperatura até 650 graus, sendo itambém facilmente removível do corpo, em caso de emergência absoluta. Segundo o comandante dos Bombeiros Sapadores de Braga, Nuno Osório, trata-se sobretudo de equipamentos para incêndios estruturais, ou seja, incêndios urbanos, industriais e habitacionais, podendo ser usados também para situações de desencarceramento. Na sua intervenção, o vereador da Proteção Civil deu conta do esforço de investimento quer nas viaturas, num esforço de centenas de milhares de euros; quer agora nos equipamentos de proteção individual, para além da formação, que é fundamental para um bom desempenho em ações de socorro, como também na proteção individual. «Temos investido muito na formação, porque um bombeiro bem formado é mais capaz de socorrer os outros e de se proteger. São 150 fatos, num investimento de cerca de 140 mil euros», disse Altino Bessa.
Ricardo Rio sublinha o fortíssimo investimento na Proteção Civil
O vereador deu conta ainda da entrada de 29 recrutas, que em breve vão iniciar a sua formação. Altino Bessa falou das promoções na carreira, processo que, garante, está a ser finalizado. Por seu turno, o presidente da Câmara de Braga mostrou-se contente por mais uma deslocação ao quartel dos Bombeiros Sapadores de Braga. «Tenho vindo aqui como alguma frequência, felizmente sempre por bons motivos», referiu, explicando porquê. «Nós levamos a Proteção Civil muito a sério. Os desafios em Braga são grandes e crescentes e não podemos relaxar. Por isso, temos de estar o melhor preparados possível para dar a melhor resposta. Temos feito um investimento fortíssimo em meios humanos, quer em equipamentos de proteção individual, quer na formação», disse,lembrando também as atuais instalações, que já foram inauguradas no seu mandato. «São largas centenas de milhares de euros, para não dizer milhões investidos na Proteção Civil. Estes equipamentos custaram cerca de 150 mil euros». Ricardo Rio também abordou a questão dos 29 recrutas que vão reforçar a corporação, bem como as promoções. E deixou elogios a todos. «Vemos com otimismo o trabalho que tem sido aqui realizado, quer do ponto de vista político, com o vereador Altino Bessa, quer pelo senhor comandante quer pela equipa de bombeiros», afirmou, lembrando que a Companhia de Sapadores de Braga tem vindo a assumir cada vez mais papel de relevo a nível nacional, chamada a intervir fora da sua habitual área de intervenção, e falou também na participação do Comandante numa ação em Moçambique.
Afinal os Bombeiros Sapadores de Braga têm mais 33 anos
Entretanto, o vereador da Proteção Civil anunciou que na próxima reunião de Câmara, segunda-feira, vai ser analisada a proposta de retificação ou atualização da data da fundação da Companhia de Sapadores de Braga. Segundo Altino Bessa, uma investigação de um docente da Universidade do Minho refere que os Sapadores de Braga não foram criados em 1799, mas sim em 1766, o que quer dizer que têm mais 33 anos. «É a terceira corporação a nível nacional, depois de Lisboa e Porto. O que quer dizer que é mais um ponto a reforçar o estatuto dos Bombeiros e de Braga como o terceiro maior concelho do País». Segundo o comandante Nuno Osório, todos os bombeiros vão ter equipamentos novos, dando sinal de igualdade no quartel. Os equipamentos dispõem de um chip que contabiliza o número de lavagens. A validade do mesmo depende do esforço a que for submetido. Atualmente, os Sapadores de Braga têm 96 bombeiros. Os 29 que vão chegar são para fazer face às quebras, sobretudo por causa das aposentações. Por outro lado, trazem «sangue novo» ao quartel, como referiu o comandante, lembrando que todos os elementos têm menos de 25 anos.
Autarca pede à PSP razoabilidade nas ações de luta
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal de Braga pediu às forças de Segurança, nomeadamente à PSP, razoabilidade nas ações de protestos. O apelo de Ricardo Rio surgiu após notícias que dão conta da entrega de armas nas esquadras, ficando os elementos sem condições de garantir a segurança das pessoas. O autarca bracarense começou por considerar «justas e legítimas» as reivindicações, nomeadamente a questão do subsídio equivalente ao da Polícia Judiciária. Contudo, pede bom senso nas ações de luta para não colocar em causa a segurança das populações. Recorde-se que há informações que apontam para várias esquadras do Comando Distrital de Braga da PSP, praticamente inoperacionais, por falta de agentes de segurança. Rio falava aos jornalistas, à margem da entrega de novos EPI.