Por dia, a Braval recebe cerca de 300 mil quilos de resíduos. Destes, metade são passíveis de reciclagem e 30% poderiam não ter sido feitos. Os dados foram avançados hoje pelo administrador executivo da empresa que procede à valorização e tratamento dos resíduos sólidos no Baixo Cávado.
Para Pedro Machado, urge alertar a população para a importância dos três R’s - reutilização, reciclagem e redução - de forma a preservar o meio ambiente. Uma missão que conta com vários anos de luta e que, apesar de alguns progressos, estes ainda estão aquém do que é necessário fazer.
«Há quem diga que se calhar já não vamos a tempo de dara volta e de melhorar isto. Estamos numa fase em que o nosso planeta sofre com alterações climáticas que podem ser irreversíveis e, portanto, as pessoas têm de se consciencializar que isto começa na casa de cada um», disse, ontem, à margem de um Dia Aberto no Ecoparque da Braval, inserido na programação da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos.
Foi precisamente com este propósito de sensibilizar a comunidade que esta iniciativa se realizou esta manhã, contando com a presença de algumas pessoas que tiveram a oportunidade de visitar o Ecoparque e de perceberem o que aocntece aos resíduos, concretamente como são tratados e valorizados.
«É importante que se perceba que hoje o resíduo não é um bem que fica sem qualquer utilidade e que é um recurso que tem muito valor, quer o biorresíduo - que transformamos em energia elétrica e em fertilizante - quer o resíduo das embalagens», disse, lamentando que, «no século XXI», a região do litoral noroeste ainda não possua uma unidade de valorização energética para os refugos.
