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Rui Lages garante que centro de exposições é «estratégico» para Caminha

Rui Lages garante que centro de exposições é «estratégico» para Caminha
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Publicado em 26 de outubro de 2022, às 15:02

Rui Lages sublinha que o investimento «vai criar emprego» e uma nova «sinergia» no concelho.

O presidente da Câmara Municipal de Caminha, Rui Lages, garante que a construção de um Centro de Exposições Transfronteiriço (CET), anunciado em 2020 pelo ex-autarca Miguel Alves, é «estratégico» para o concelho. Rui Lages sublinha que o investimento «vai criar emprego» e ainda uma nova «sinergia» em Caminha.

A propósito da notícia avançada esta quarta-feira pelo Público, relacionada com um alegado «adiantamento duvidoso» de 300 mil euros para o projeto por parte de Miguel Alves, Rui Lages explica que «o promotor já deu entrada na autarquia com um Pedido de Informação Prévia (PIP)» para aferir da possibilidade de construção na localização situada entre a Argela e Vilar de Mouros, onde o Plano Diretor Municipal (PDM) prevê uma zona industrial. «Do que sabemos, paralelamente, já foram adquiridos grande parte dos terrenos dessa zona que está a ser afeta a solo industrial. Já foi submetido um PIP, com o anteprojeto daquilo do que se pretende implementar para a secção do urbanismo avaliar se cumpre todas as regras urbanísticas, ou não», especifica.

Segundo Rui Lages, «neste momento, já foi feita uma avaliação preliminar», tendo o documento sido remetido para «colher pareceres junto das entidades que têm tutela sobre o território». «Foi enviado para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) para reunir um conjunto de pareceres necessários, da E-Redes, das Águas do Norte e do Alto Minho, da Rede Ecológica Nacional (REN) ou da Rede Agrícola Nacional (RAN). Há trabalho já feito, há procedimentos já em curso. Mas para nós avaliarmos a parte final temos de ter os pareceres todos e, os pareceres têm de ser todos positivos. Aguardamos, agora, que as entidades nos façam chegar a esses pareceres», sustenta.

Miguel Alves ainda não prestou qualquer declaração acerca da notícia avançada peloPúblico, que refere que «o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, em funções desde o mês passado, negociou e assinou em outubro de 2020, enquanto presidente da Câmara de Caminha, um contrato-promessa de arrendamento que obrigou o município a pagar, sem quaisquer garantias específicas, um adiantamento de 300 mil euros ao futuro senhorio». «O pagamento, feito em março de 2021, corresponde à renda de que a autarquia será eventualmente devedora daqui a mais de 25 anos pelo futuro arrendamento de um pavilhão multiusos orçado em cerca de oito milhões de euros. Mas que ainda hoje não se sabe se, e onde, vai ser construído», acrescenta. Já Rui Lages rejeita qualquer «dúvida ou ilegalidade» no contrato-promessa de arrendamento para fins não habitacionais, aprovado em 2020, pela maioria socialista na Câmara de Caminha e, por maioria, na Assembleia Municipal com vista à construção do CET.Ocontrato visa «a construção Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) e de um parque público com três hectares, que terá um lago, balneários e equipamentos desportivos, e que ficará instalado na atual Quinta do Corgo, na freguesia de Vilarelho, em Caminha», pela empresa Greenfield. Trata-se de um investimento de oito milhões de euros. Em setembro de 2020, a autarquia afirmou que «o novo espaço, com conclusão prevista para dentro de dois anos», teria «capacidade para acolher 2 600 espetadores sentados, ou 5 500 em pé». «Construída a infraestrutura, o município de Caminha irá arrendá-la por 25 mil euros mensais, durante 25 anos. O município poderá optar por concessionar ou subarrendar ou explorar diretamente o complexo, em todo ou em parte», explicou.
Autor: Redação/Lusa