O Arcebispo de Braga defende que a Igreja tem que estar «muito mais atenta à sociedade», neste mundo em transformação, marcado pelas novas tecnologias, pelos ritmos de vida acelerados, pelo imediatismo, pela imagem.
«Esta ideia da mudança, da transição para modos de pensar e viver diferentes tem que preocupar a Igreja. A Igreja não pode instalar-se numa doutrina, numa pastoral, pura e simplesmente de defesa dos seus privilégios, mas tem que estar ao serviço e entrar dentro dessas novas mentalidades, dessas novas maneiras de pensar e agir para, a partir de dentro, dar o seu contributo para que a sociedade seja construída a partir de um humanismo integral, um humanismo cristão», alerta D. Jorge Ortiga.
Em declarações ao Diário do Minho, no dia em que celebra o 32.º aniversário do seu episcopado, Arcebispo de Braga diz não ter dúvidas de que os tempos que se aproximam «serão de grande mudança, de grandes transformações», e os cristãos terão que «trabalhar muito pela dignidade e pela defesa da dignidade de toda a pessoa humana», em consonância com os princípios da Doutrina Social da Igreja.
Questionado sobre o processo da sua resignação, quando passam quase dez meses da apresentação do documento (D. Jorge completou 75 anos em 5 de março de 2019), o Arcebispo afirma que aguada «tranquilamente» a decisão do Papa, não sendo este um assunto que o preocupe.
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Autor: Jorge Oliveira
Igreja deve estar «mais atenta» às transformações da sociedade
Publicado em 03 de janeiro de 2020, às 19:25