https://youtu.be/mY5AqZHMz3w
Um estudo publicado na conceituada
revista científica Nature Communications, por Scott A. Kulp e Benjamin Strauss, mostra que daqui a 30 anos, e caso não seja feito nada no imediato, metade de Esposende vai desaparecer.
A zona costeira de Esposende, através das zonas mais vulneráveis, a água do mar vai avançar face à subida do nível dos oceanos devido ao degelo causado pelo aquecimento global. Em 2050, e que pode já revelar em 2040, uma parte substancial de Esposende poderá estar submersa e outras sujeitas a severas inundações costeiras.
Esposende é uma
uma das zonas críticas e sinalizadas a “vermelho” no mapa (consultar aqui).
Num cenário moderado apontado pelo estudo, e para além do desaparecimento de todas as praias, o mar vai estar para lá da rua Direita e "beijar" o quartel dos Bombeiros Voluntários de Esposende. Da Solidal até à entrada norte da ponte de Fão tudo será água, incluindo também o atual Atlas.
Toda a Marginal, incluindo as escolas do Agrupamento António Correia, Hotel Suave Mar, Forte São João Batista vai ficar dentro do mar. Já nas Marinhas o mar vai encostar ao Aldeamento dos Rouxinóis, à rua da Redonda e em Rio Moinhos, um dos pontos mais sensíveis, a água pode chegar à EN13.
Milhões de euros em obras realizadas recentemente vão desaparecer, como caso da ecovia, Etar das Marinhas, Restinga e reforço da barra. O setor imobiliária em Esposende, um dos mais especulados no país, pode dar lugar a uma profunda crise com efeitos nefastos.
A sul o cenário é igualmente catastrófico. Com a água a entrar entre o Clube Náutico de Fão e o Fôjo, todas zona baixa dos Lírios, até ao Parque de Campismo de Fão, ficará de baixo de água, ficando o pinhal como uma espécie de "nova restinga".
Outra zona crítica é na Pousada da Juventude, com a água a colocar o cemitério de Fão, igreja do Bom Jesus de Fão também debaixo de água e rio Cávado a chegar à Prio. A zonas das Pedreiras também ficará submersa.
A Apúlia é um dos locais menos afetados, mesmo assim a zona do Campo Escutista para sul para a ser mar.

O estudo estima que em todo o mundo vão ser 300 milhões de pessoas afetadas, sendo que um dos detalhes mais impressionantes é que parece ser já tarde para que o que fazemos hoje mude alguma coisa daqui a 20 /30 anos.
«As comunidades humanas concentram-se de forma desproporcionada nas zonas muito baixas da costa. Até agora, acreditava-se que só 65 milhões viviam nessas zonas; com base em dados mais precisos, o estudo aponta para 250 milhões, ou seja, quase o quádruplo», diz Benjamin Strauss, presidente e CEO da Climate Central, uma organização não governamental, citado pelo Executive Digest.
A Ásia é indicada como o continente mais afectado, com primazia para seis países: China, Bangladesh, Índia, Vietname, Indonésia e Tailândia.
Autor: Nuno Cerqueira