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Papa alerta que algumas terapêuticas para prolongar a vida podem ser cruéis

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Publicado em 17 de novembro de 2017, às 13:15

O Papa Francisco alertou os médicos que determinados métodos terapêuticos para o prolongamento da vida, em oposição à eutanásia, podem ser cruéis para alguns doentes.

“A cirurgia e outras intervenções médicas tornaram-se cada vez mais efetivas, mas nem sempre são benéficas: elas podem sustentar, ou mesmo substituir, falhas de funções vitais, mas isso não é o mesmo que promover a saúde”, disse o Papa numa mensagem enviada ao Encontro Europeu da Associação Médica Mundial sobre as questões da vida, que termina hoje no Vaticano.

Aos médicos que participam neste encontro promovido em parceria com a Academia Pontifícia para a Vida, o Papa adianta que hoje há uma necessidade de refletir sobre esta questão “por causa da tentação de insistir em tratamentos” que não servem o bem integral da pessoa".

“É claro que não adotar, ou então suspender, medidas desproporcionadas significa evitar um tratamento exagerado, do ponto de vista ético, é completamente diferente da eutanásia, o que sempre é errado, na medida em que a intenção da eutanásia é acabar com a vida e causar a morte”, refere Francisco.

O Papa acrescenta, numa alusão aos cuidados paliativos, que mesmo que os profissionais de saúde saibam que nem sempre conseguem garantir a cura, podem e devem cuidar do doente, sem encurtar a vida, mas também não “resistir futilmente à sua morte”.


Autor: Lusa