O Grupo Coral polifónico da Paróquia de S. Julião da Lage, do arciprestado de Vila Verde, celebrou, com alegria e renovado compromisso, o 42.º aniversário no dia da festa da Imaculada Conceição, sua padroeira.
O programa iniciou com uma missa solene, seguida de um almoço de confraternização que juntou coralistas, familiares, o novo pároco, o padre Mateus Tavares, que entrou na paróquia em 19 de outubro deste ano, e o padre Constantino Vilela de Sousa, antigo pároco da Lage.
Na primeira vez que participou na festa de aniversário do Grupo Coral, o padre Mateus Tavares incentivou os seus membros a manterem a disposição e entusiasmo a cada domingo, a cada solenidade, na animação musical das celebrações litúrgicas, e convidou-os a difundirem o gosto pelo canto coral na comunidade.
«Espero que estas vozes angelicais possam convidar e atrair mais pessoas à Igreja, principalmente os mais jovens e as crianças. Que sejam incentivadores, motivadores e um exemplo para os mais novos da nossa paróquia», afirmou.
O sacerdote deu os parabéns ao Grupo Coral da Imaculada da Conceição pelos seus 42 anos de existência, destacando o seu percurso de serviço em prol do embelezamento da celebração eucarística.
Já o padre Constantino Vilela de Sousa apelou a uma maior participação da comunidade lagense nas missas, que se celebram à quinta-feira, sábado e domingo.
«Era importante trazer mais jovens à igreja. A Eucaristia, ao contrário do que muitos jovens dizem, não é uma “seca”, pelo contrário, é uma fonte que nos alimenta. Os pais e os avós devem incentivar os jovens a vir à missa, fazer-lhes ver que nós precisámos muito de Deus», afirmou o antigo pároco.
O sacerdote convidou a ler as exortações apostólicas “A Alegria do Evangelho” e a “Alegria do Amor”, do Papa Francisco, e a sua última encíclica, “Dilexit nos”, bem como a primeira Exortação Apostólica do Papa Leão XIV, “Dilexi te” (“Eu te amei”, assinada a 4 de outubro de 2025, sobre o amor para com os pobres, referindo que são documentos importantes para uma boa formação e conduta das famílias e dos jovens, num tempo em que prolifera muito «veneno» nos meios digitais que leva a esquecer o amor ao próximo e a atenção aos pobres, aos mais necessitados, aos descartados da saciedade.
«Os jovens precisam de descobrir ou redescobrir Cristo, só Ele enche o coração. Quem tem Deus tem tudo, quem não tem Deus não tem nada», enfatizou o padre Constantino, acrescentando que «o pior inimigo da religião é a ignorância».
O maestro do Coro da Imaculada Conceição da Lage, Amadeu de Sousa Cruz, expressou o desejo de que o grupo se rejuvenesça, com a entrada de elementos mais novos, mas referiu que a porta está aberta a todos, independentemente da idade.
«Todas e todos são bem-vindos, só precisam de ter vontade de servir», afirmou.
Segundo o maestro, o Coro «está consolidado, as vozes estão aprimoradas, mas a idade de alguns coralistas já «vai pesando, apesar da experiência», daí a necessidade de reforçar o grupo.
«Precisámos de vozes jovens. O nosso convite é para que venham, sem receio, serão muito bem acolhidos e integrados, há uma interajuda muito grande nos ensaios que são às quintas-feiras à noite. Aprendemos todos uns com os outros», assegurou.
Nas próximas semanas, o Grupo vai preparar os cânticos para a festa do padroeiro da paróquia, S. Julião, celebrada a 7 de janeiro.
O Grupo Coral da Lage foi fundado em 8 de dezembro de 1983 por Amadeu de Sousa Cruz, fruto de um desafio do anterior pároco, o padre Constantino Vilela de Sousa, sendo uma das mais antigas e reconhecidas formações de música litúrgica do arciprestado.
Atualmente composto por cerca de 20 elementos, distribuídos por quatro naipes de vozes, soleniza a missa dominical da paróquia e participa noutras celebrações religiosas como a peregrinação arciprestal anual ao Santuário de Nossa Senhora do Alívio, em Soutelo, Vila Verde.