A Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) prevê encerrar o ano com exportações superiores a 400 milhões de euros. A informação foi avancada no âmbito da celebração do Dia Nacional das Conservas de Peixe, que foi comemorado no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.
Com cerca de 20 empresas ativas, o setor regista um aumento de 12% nas exportações no primeiro semestre do ano, totalizando 199 milhões de euros.
Segundo uma nota de imprensa, entre os motivos na origem desta evolução, está a certificação MSC, que, ao atestar o selo azul à pescaria da sardinha, permite acrescentar 10% a 15% de valor por tonelada exportada, refletindo não só o reconhecimento da qualidade, mas também os custos adicionais associados à pesca responsável.
Além disso, explica o comunicado, impulsionada pela presença da ANICP na Expo Osaka 2025, em setembro, a entrada no mercado japonês também justifica o prognóstico para a receita anual.
«Embora estejamos ainda numa fase de distribuição experimental, prevemos que, em 2027, o Japão possa representar um incremento de 5 milhões na faturação», revela o presidente da ANICP, José Maria Freitas.
Espanha mantém-se a liderar a importação de conservas portuguesas, seguida de França, Itália e Reino Unido. Destaca-se um dinamismo acrescido em mercados com o Canadá e Estados Unidos, que correspondem a 7% das exportações do setor na primeira metade do ano.
O atum continua a ser a espécie mais procurada, apesar do crescimento de 73% em volume de sardinha, explicado pela certificação MSC.
A fileira conserveira assegura cerca de 11 mil postos de trabalho, quatro mil diretos, sendo que, destes, 80% são ocupados por mulheres.