O técnico do SC Braga, Carlos Vicens, destacou hoje a importância e repetir amanhã em Alvalade (19h15) o bom jogo conseguido na Escócia na passada quinta feira. O responsável dos arsenalistas vincou que essa é a melhor versão do SC Braga que quer ver replicada com maior regularidade nos jogos da equipa.
Como olha para o jogo frente ao Sporting depois do triunfo na Escócia?
«Vamos defrontar o bicampeão nacional, uma equipa que tem uma maneira muito definida de jogar. O Rui [Borges] tem feito um trabalho impecável. É verdade que herdou um bom trabalho do Ruben [Amorim], que não era fácil dar continuidade, mas ele trouxe o seu cunho e conseguiu ser campeão. O Sporting é uma equipa competitiva, difícil e nós estamos satisfeitos pela nossa versão oferecida na Escócia, contra uma equipa difícil, muitos argumentos. Estamos satisfeitos porque soubemos competir, tivemos alma, trabalhou muito duro e fora de casa não é fácil conseguir pontos na Liga Europa. Esta vitória tem de nos dar confiança para este jogo, com a ideia de sermos capazes de enfrentar os diferentes momentos do jogo unidos com trabalho, sacrifício e luta. Temos de ir em frente, todos juntos, e oferecer a nossa melhor versão neste jogo frente ao Sporting».
A equipa está talhada para jogos difíceis?
«Todos os jogos são difíceis. Obviamente que sabemos bem o nível do adversário de amanhã. Fizemos um jogo bom na Escócia, e que queremos que essa versão seja a mais regular. A equipa tem de oferecer um determinado rendimento em todos os aspetos do jogo e teremos de ser capazes de competir. Vamos passar por momentos difíceis no jogo, mas temos de estar unidos e oferecer a melhor versão do SC Braga. Vamos treinar, ver como estamos e amanhã estar preparados para um objetivo comum: ir a Alvalade e conseguir um bom resultado. Todos juntos, os que joguem de início e também os que saem do banco, têm de ajudar e trazer qualidade à equipa»
Muitas mudanças no último jogo frente ao Celtic
«Era o nosso 15.º jogo oficial, o que representa mais jogos que a maioria das equipas em Portugal. Isso é bom para aplicar ideias, mas também provoca desgaste e afeta a energia dos jogadores. Uma das coisas sem que temos de estar atentos é ver como estamos, porque se queremos competir com este nível de esforço temos de ter gente que nos dê rendimento em campo. Se esta temporada queremos fazer algo dentro dos nossos objetivos, todos vão ser importantes, e a verdade é que todos estão a ter oportunidades».
Último onze apresentado foi algum castigo?
“Não castiguei ninguém. Elegemos o onze com base nos perfis de cada posição e com os jogadores que nos podem dar mais em campo. Os mais frescos e sempre com a nossa ideia de jogo em mente. A equipa não me dá sinais nos treinos do que aconteceu com o Nacional. Os jogadores trabalham sempre bem e dão tudo, mas nesse jogo houve algo que não funcionou
A equipa não tem duas caras?
«A equipa não me dá sinais no treino do que vai acontecer nesse sentido. Não quero dizer que a equipa tem duas caras. São 15 jogos, o que vejo é o dia a dia, os jogadores estão a escutar-me, a trabalhar na mesa linha, há crescimento e conhecimento e neste processo temos de conseguir que a nossa versão que gostamos apareça de maneira e mais regular. Não fizemos um bom jogo com o Nacional, assumimos e seguimos em frente. Agora queremos fazer um grande jogo e lutar pela vitória»
Esta é a melhor altura para defrontar o Sporting?
«Esta é a oportunidade que temos, é o calendário. O jogo com o Sporting é agora, vamos preparar o desafio da melhor forma possível»
Menor tempo de descanso. O Sporting parte em vantagem para o jogo?
«Não quero dar desculpas. Jogámos um dia mais tarde do que eles, mas temos de olhar para nós mesmos. Chegámos às 05h00 da madrugada porque houve nevoeiro no aeroporto em Vigo e tivemos de aterrar em Santiago Compostela. Não é o ideal, mas não podemos dar desculpas. Vamos ver como está a equipa e amanhã vamos escolher os melhores».
A margem de erro começa a ficar reduzida
«Somos SC Braga! Isto é um processo, o foco é melhorar dia a dia e com a intenção de ganhar. Não devemos olhar muito para trás nem para a frente. O importante é pensar no presente, centrar-se no dia a dia e fazer o melhor que puder, para que possamos crescer todos juntos»
