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No bom caminho

 

 



 

Conseguimos! Braga e o Minho em particular, o país em geral voltaram às urnas, superando as expectativas, logrando alcançar resultados de participação que já se não viam no país desde 2005. Assim se fortalece o poder local, a democracia e a maior das conquistas em liberdade: o direito ao voto. A maturidade demonstrada pelos eleitores nestas eleições, tal como vem acontecendo desde há quatro anos a esta parte, demonstra que vale a pena lutar, acreditar que, apesar dos desmandos, da má imagem e más escolhas, o povo preferiu escolher e fê-lo de forma serena e singular. Os números alcançados mostram que esta ida às urnas foi transversal, no caso do distrito de Braga, baixando significativamente os índices da Abstenção e muito em particular no concelho de Braga com uma redução expressiva de 7,01%. Comecemos pelo distrito que registou uma média de 31, 54% contra os 36, 82% de há quatro anos, menos 5, 28%, uma taxa idêntica alcançada no país: 5, 64%. Dos 14 concelhos em análise, destaque para Vieira do Minho (24, 83%) e para os resultados alcançados abaixo dos 30 por cento em localidades como Póvoa de Lanhoso (27,74%), Barcelos (27,58%), Terras de Bouro (27,30%), Vizela (29,52%), Amares (27,51%), Guimarães (29,90%), permanecendo acima destes Celorico de Basto (30,72%), Cabeceiras de Basto (30, 57%), Famalicão (31,30%), Vila Verde (33,42%), Fafe (36, 29%) e Esposende com 30, 43%. A descida mais espetacular verificou-se neste último concelho com uma redução de 10 por cento na taxa de abstenção. Se olharmos para o todo nacional, importa realçar que em 2021, apenas 7 dos 18 distritos mais Açores e Madeira, tinham valores inferiores a 40 por cento, passando agora para onze, tendo desaparecido do mapa de registo os valores superiores a 50 por cento alcançados em Lisboa, Faro e Setúbal. Um olhar mais local traz-nos outra realidade que merece uma leitura atenta, desde logo, o impacto transversal a todas as 37 freguesias. De facto, o concelho passou de duas para cinco freguesias com níveis de abstenção inferiores a 20 por cento que merecerem destaque: Tebosa (16,43%), Guizande e Oliveira S. Pedro (16,67%), Arentim e Cunha (17, 28%), Tadim (18,01%) e Figueiredo (18, 68%). Na liderança da abstenção, também houve mudanças. Braga deixou de ter freguesias com registos superiores a 50 por cento que desceram para a casa dos 40 por cento, permanecendo neste patamar S. Vicente (41,71%), Maximinos, Sé e Cividade (42,36%), S. Lázaro e S. João do Souto ((43 79%) e S. Vítor (46, 75%). Quem há quatro anos permanecia acima da média do concelho, desceu para a casa dos 30 onde se encontram dez freguesias: Real Dume e Semelhe (35, 21%), Ferreiros e Gondizalves (36, 17%), Crespos e Pousada (33,42%) a que se juntam Nogueira, Fraião e Lamaçães (33, 38%), Adaúfe (36, 32%), Lomar e Arcos (33,50) Nogueiró (35,34%) e Gualtar (34, 13%). Há que acrescentar a estes Celeirós, Avela e Vimieiro (30, 03%) e Ruilhe (30, 56%). Quem no passado tinha valores na casa dos 30 por cento, desceu substancialmente e tem agora valores inferiores. Ruilhe (27, 19%), Este S: Pedro e S. Mamede (29,92%), Sequeira (27,99%), Sobreposta (27,47%), Mire de Tibães (29,02%) e Trandeiras (23,72%). Nota de destaque neste grupo de freguesias para a descida espetacular de Merelim S. Pedro e Frossos que desceu de 43,06 para 28,26%. Quem já tinha logrado em 2021 uma abstenção na casa dos 20 por cento por aqui ficou, mas continuou a registar descidas: Escudeiros e Penso S. Estevão e S. Vicente (25,44), Espinho (25, 89%), Padim da Graça ( 25,81%), Cabreiros e Passos S. Julião ((2448%), Esporões ( 20,88%), Vilaça e Fradelos (22,93%) Priscos ( 26,13%) e Lamas ( 23,91%.

Paulo Sousa

Paulo Sousa

19 outubro 2025